
O resultado contrasta com a média nacional, que teve retração de 14,4% no mesmo período. Os dados foram levantados pela Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), com base em informações do Banco Central.
O aumento representa um acréscimo de R$ 1,5 bilhão em relação ao mesmo período da safra anterior (2023/2024), que somou R$ 6,6 bilhões. Ao todo, foram realizadas 41,9 mil operações, um avanço de 9,5% frente às 38 mil do ciclo anterior.
Esse desempenho é resultado do Plano de Crédito Rural do Espírito Santo para a safra 2024/2025, lançado em julho de 2024. A iniciativa é fruto de uma parceria entre os governos Estadual e Federal, e conta com a participação de instituições financeiras como Banco do Brasil, Caixa, Banestes, Sicoob, Sicredi, Cresol e Banco do Nordeste. O plano também está alinhado ao Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4 – 2023/2032), que tem como meta alcançar R$ 12 bilhões em crédito rural anual até 2032.
O crédito rural é destinado a finalidades específicas: investimento, custeio, comercialização e industrialização. O valor aplicado em custeio teve crescimento de 23,1%, subindo de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,4 bilhões. O custeio cobre as despesas inerentes a um ciclo de produção, podendo ser utilizado desde o beneficiamento da produção até o armazenamento.
Já no investimento, teve crescimento de 20,7%, passando de R$ 2,1 bilhões para R$ 2,6 bilhões. O investimento é o valor que pode ser utilizado em reformas, construções, obras de irrigação ou na compra de equipamentos para a propriedade rural, entre outros itens.
Na modalidade de comercialização, o crescimento foi de 29,8%, passando de R$ 1,7 bilhão para R$ 2,1 bilhões. O crédito comercialização auxilia na venda dos produtos no mercado.
Na modalidade de industrialização, o valor reduziu 110%, saindo de R$ 79,2 milhões para R$ 71,3 milhões. O crédito industrialização é voltado para industrialização de produtos agropecuários.