Presente em todos os 78 municípios do Espírito Santo, o Nossocrédito, programa de microcrédito produtivo do Governo do Espírito Santo, alcançou mais um número expressivo: foram mais de R$ 306,5 milhões aplicados na economia do Estado desde a sua criação em 2003, totalizando 75,9 mil financiamentos para pequenos empreendedores capixabas.
Um dos papéis mais importantes do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) é articulado com prefeituras locais e entidades representativas dentro dos municípios, de modo que o crédito para investimento esteja cada vez mais perto dos empreendedores locais. Parceria mais efetiva para o desenvolvimento regional, o Programa Nossocrédito completou, em setembro passado, nove anos de atuação como uma política pública consistente de inclusão social.
O Nossocrédito é o programa de microcrédito do Espírito Santo e nele os municípios participam de forma ativa no esforço de fortalecimento ao empreendedorismo local por meio do crédito e de capacitações. “Ele gera emprego e melhora a qualidade de vida da população a que se direciona. Ajuda os capixabas a investirem no próprio negócio, elevando a renda e reduzindo as desigualdades sociais e regionais no Estado”, explica o diretor-presidente do Bandes, Guerino Balestrassi.
Comparativamente, em muitos municípios, o volume aplicado pelo Nossocrédito representa um montante superior ao arrecadado no ano em tributos municipais diretos. Em 20 municípios a relação entre valores investidos nos empreendedores locais e o volume de investimentos das prefeituras foi superior a 20%.
O Programa é conduzido por meio de uma parceria envolvendo o Bandes, gestor do Programa, o Banestes, a Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), as prefeituras e o Sebrae-ES.
Impacto na economia
De acordo com as estimativas do Bandes, em 63% dos casos os tomadores dos créditos aplicam os recursos no próprio município onde residem. “O Nossocrédito possibilita a circulação de riqueza no próprio município, o que pode ser percebido pelo número de postos de trabalho. O custo da geração e manutenção de emprego pelo Programa é de aproximadamente R$ 2,5 mil, investimento bastante atrativo em relação aos grandes projetos”, destaca Everaldo Colodetti, diretor de Crédito e Fomento do Bandes.
Os empreendedores de micro e pequeno porte são os responsáveis por grande parte da geração e manutenção de postos de trabalho. Nos nove anos de atuação do Programa, são mais de 124 mil postos de trabalho mantidos ou gerados. Para se ter uma ideia do que esse número representa, se as pessoas beneficiadas pelo Nossocrédito formassem um município, seria o sexto maior do Espírito Santo (segundo dados do IBGE de 2010, apenas Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Vila Velha, Vitória e Serra teriam mais habitantes).
Além de números expressivos de financiamentos das atividades produtivas, o Nossocrédito tem outros desdobramentos na economia e na sociedade capixabas. Com investimentos em estrutura e na capacitação dos agentes de crédito, além do fortalecimento da parceria para expandir o atendimento nos municípios, o Programa vem superando, mês a mês, os seus resultados em relação ao mesmo período do ano anterior.
Importância econômica e social do Programa
De acordo com Everaldo Colodetti, os números são resultado da articulação entre o banco e os demais parceiros. “O crédito é uma alavanca para o desenvolvimento. Por meio do acesso ao crédito os empreendedores podem investir em seu próprio negócio, transformar seu sonho em realidade. O Nossocrédito é uma política pública do Governo para dar oportunidades de desenvolvimento. O bom resultado se deve, principalmente, à atuação dos agentes de crédito e à consolidação do trabalho que estamos desenvolvendo por meio da parceria do Nossocrédito”, afirma.
Para os municípios, a estruturação do Programa apresenta outras importantes vantagens: a primeira diz respeito à atuação como política pública relacionada às atividades produtivas locais e na abertura de novos negócios no município. Isso é possível devido ao fundo estadual que alimenta o Programa, o Fundapsocial. Os municípios não têm a necessidade de criar um fundo próprio, pois contam com um programa estruturado de microcrédito produtivo e orientado.
Além disso, os municípios participam de forma ativa no esforço de fortalecimento ao empreendedorismo local por meio do crédito e de capacitações. O agente de crédito é o profissional que atua no atendimento aos clientes dos Programas. Para Everaldo Colodetti, na formação inicial que os agentes recebem no Profac, há a preocupação de ensinar as técnicas de análise econômico-financeira e também trabalhar aspectos comportamentais. “Apoiando o empreendedor de pequeno porte, de forma descentralizada, os municípios são beneficiados amplamente, sem precisar disputar prioridades de investimentos externos. O agente é membro da comunidade, ele atua e conhece as potencialidades locais. É um profissional que sabe identificar as carências e as oportunidades onde o crédito pode ser instrumento de inclusão social no município. Seu papel é fundamental”, destaca.
Serviço:
Condições operacionais do Nossocrédito
Valor: R$ 200,00 a R$ 4 mil
Taxa de juros: 0,64% ao mês
Prazo de pagamento: 24 meses (giro ou investimento)
Carência: 2 meses (giro) ou 3 meses (investimento).
Valor: acima de R$ 4 mil a R$ 15 mil
Taxa de juros: 0,9% ao mês
Prazo de pagamento: 30 meses (investimento) ou 24 meses (giro).
Carência: 2 meses (giro) ou 3 meses (investimento).