O agronegócio capixaba fechou os primeiros nove meses do ano com cerca de US$ 1,368 bilhão em produtos exportados. O montante, que é 6,68% inferior aos US$ 1,466 bilhão que foram comercializados no mesmo período do ano passado, é um reflexo da crise econômica mundial que continua afetando o comércio internacional em todos os continentes e países.
 	 
 	Os preços médios internacionais de janeiro a setembro deste ano foram inferiores àqueles praticados para a maioria dos produtos do agronegócio estadual, como café verde (-19,80%), pimenta do reino (-2,46), açúcar (-22,81%), carne bovina (-4,0%) e chocolates (-9,21%). Preços médios superiores apenas para celulose (2%), mamão (6%) e gengibre (59,7%). Apesar dos preços baixos, o volume exportado em toneladas foi inferior em apenas 1,24%. 
 	 
 	“A crise mundial continua impactando o comércio dos produtos do agronegócio, os preços médios continuam baixos para itens importantes de nossa pauta de exportações, principalmente os do complexo café, e mesmo assim, com todas as dificuldades, praticamente não perdemos espaço no mercado externo, pois o volume exportado caiu muito pouco”, afirma Enio Bergoli, secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca.
 	 
 	A redução total das divisas com as exportações foi de US$ 98 milhões, dos quais quase US$ 83 milhões decorrentes da baixa performance do complexo café. “Apesar de o volume exportado ter sido maior no período, tanto para café verde quando para o solúvel, os preços muito baixos condicionaram a uma redução muito acentuada na geração de divisas para um produto que é fundamental para a economia agrícola capixaba, pois a cafeicultura é atividade que está presente em mais de 60% das propriedades rurais capixabas”, afirma Bergoli.
 	 
 	A celulose e o café continuam como os dois produtos que mais geram divisas no agronegócio capixaba, com 90% do total. A pimenta do reino, com quase US$ 31 milhões exportados, se consolidou na terceira posição do ranking, seguida por carne bovina, chocolates, açúcar, mamão, lagostas, noz macadâmia, gengibre e peixes ornamentais. 
 	 
 	“A agropecuária capixaba e seus negócios associados se caracterizam pela competitividade, pois enfrentam entraves como custos elevados de logística para alguns produtos, além de barreiras tarifárias, sanitárias e outros gargalos inerentes ao comércio internacional, e mesmo assim continua evoluindo e gerando divisas para nosso Estado”, afirma Bergoli.
 	 
 	Exportações do Agronegócio Capixaba, janeiro a setembro de 2013
 	 
|  					PRODUTO |  					US$ 1.000 |  					% | 
|  					Celulose |  					848.646 |  					                                             62,00 | 
|  					Café e Derivados |  					384.714 |  					                                             28,11 | 
|  					Pimentas do Reino e Rosa |  					30.929 |  					                                               2,26 | 
|  					Carnes e Miudezas de Bovinos |  					22.036 |  					                                               1,61 | 
|  					Chocolates e Preparados com Cacau |  					21.645 |  					                                               1,58 | 
|  					Açúcar de cana |  					20.932 |  					                                               1,53 | 
|  					Mamão |  					14.790 |  					                                               1,08 | 
|  					Lagostas |  					3.577 |  					                                               0,26 | 
|  					Noz Macadâmia |  					2.798 |  					                                               0,20 | 
|  					Gengibre |  					2.626 |  					                                               0,19 | 
|  					Peixes Ornamentais |  					1.913 |  					                                               0,14 | 
|  					Outros Produtos |  					14.206 |  					                                               1,04 | 
|  					TOTAL |  					                          1.368.813  |  					                                           100,00  |