O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), determinou que sejam tomadas as medidas necessárias para indenizar a família de Genivaldo de Jesus, morto asfixiado em uma viatura por policiais rodoviários federais no ano passado durante abordagem no município de Umbaúba, em Sergipe.
“Genivaldo morreu, em 2022, em face de uma ação de policiais rodoviários federais, em Sergipe. É clara a responsabilidade civil, à luz da Constituição. Determinei ao nosso Secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, providências visando à indenização legalmente cabível”, publicou o ministro nesta sexta-feira (6), em suas redes sociais.
No dia 25 maio de 2022, Genivaldo morreu após ser sufocado por 11 minutos e 27 segundos em abordagem feita pelos agentes da PRF William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento. Eles jogaram gás dentro do porta-malas da viatura, onde a vítima estava algemada e com os pés amarrados. Sufocado, Genivaldo se debateu, com os pés para fora do porta-malas, enquanto os policiais pressionavam a porta. A ação foi gravada em vídeo.
Os agentes envolvidos só foram presos 20 dias depois. Eles são indiciados por tortura, homicídio qualificado e abuso de autoridade.
Segundo o portal G1, três meses depois do ocorrido, mesmo morto, Genivaldo foi punido com quatro multas no valor de R$ 1.800 por ter dirigido sem capacete, sem habilitação e de sandálias.
No início de dezembro, a Justiça Federal retomou as audiências do processo criminal contra os três policiais. Eles foram ouvidos no Fórum Ministro Geraldo Barreto Sobral, em Aracaju, no dia 6 de dezembro.
O processo está na etapa final das audiências de instrução, com o interrogatório dos réus. Após esta etapa, a justiça decidirá se eles irão ou não a júri popular. Segundo a Justiça Federal, 34 testemunhas de acusação e defesa foram interrogadas.
Com informações do G1 e da CNN