O deputado federal Glauber Braga (PSB-RJ) criticou o processo de reconstrução da região serrana do Rio de Janeiro em pronunciamento na Câmara, nesta terça-feira (10). O parlamentar não considera aceitável o gasto com as obras no Maracanã, sem que a região, passados mais de dois anos do desastre, ainda necessite de casas para os desabrigados.
Recentemente, Glauber expôs seu descontentamento com o caso na 4ª Plataforma Global sobre Redução de Riscos de Desastres da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorreu em Genebra, Suíça. Na ocasião, ele apresentou para 145 países o Estatuto de Proteção e Defesa Civil, Lei da qual foi relator.
Para o socialista, o Governo do Estado conduz mal o processo de reestruturação do local, mas ele acredita que a exposição em Genebra pode ajudar as autoridades a redefinirem as prioridades. “Não se pode usar a desculpa de que o Governo Federal não tem liberado recursos”, disse. “O que falta é a aplicação correta e tempestiva desse dinheiro, que é de todos nós”, completou.
Belo Horizonte
Em contraste com a situação apresentada no Rio de Janeiro, a cidade de Belo Horizonte recebeu o Prêmio Sasakawa de 2013, que é voltado para a redução de riscos e desastres. Única representante da América Latina, a capital mineira concorreu com projetos de 28 países e superou, na fase final, concorrentes da Suécia e das Filipinas.
Braga comemorou e apontou alguns motivos que levaram a cidade a alcançar a conquista. “O projeto mineiro agrega diversas ações de defesa civil, mas um ponto crucial da iniciativa é a participação do governo, empresas e sociedade, ou seja, o somatório de forças para o objetivo comum”, disse.
O deputado também lembrou que Belo Horizonte convive com os riscos geológico e hidrológico. “Mas a Prefeitura tem monitorado as áreas de perigo e toma as medidas necessárias”, afirmou.
Ele espera que a atitude sirva de exemplo. “O reconhecimento da ONU mostra que os belo-horizontinos estão no caminho certo, investindo em prevenção e adotando boas práticas, que se refletem no dia a dia da população”, destacou.