O deputado federal João Campos (PSB-PE) apresentou um Projeto de Lei que propõe a nacionalização do Programa Ganhe o Mundo (PGM), de Pernambuco, para todos os estudantes da rede pública de ensino do país.
Criado em 2012 pelo ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência da República, Eduardo Campos, o PGM embarcou em janeiro deste ano 161 alunos da rede pública do Estado com destino às cidades de St. John e Fredericton, ambas no Canadá e mais de oito mil estudantes desde a sua criação.
“O programa dá a oportunidade de se dominar uma segunda língua e, além disso, torna a escola um ambiente mais atrativo para os estudantes brasileiros do ensino médio da rede pública” afirma o parlamentar sobre o Programa que é considerado uma referência no ensino público brasileiro.
O Programa Ganhe o Mundo oferece como opção aos estudantes mais de 10 países de destino, sendo cinco de língua inglesa (Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá), cinco de língua espanhola (Espanha, Argentina, Chile e Colômbia) e um de língua alemã (Alemanha).
“Após essa experiência os estudantes voltam mais confiantes, sabendo que é através da educação que eles vão ter oportunidades na vida. Preparados e determinados para seguir estudando e se dedicando”, disse o governador Paulo Câmara (PSB-PE).
O PL propõe que o Programa tenha duas fases, capacitação intensiva em língua estrangeira e intercâmbio estudantil ao exterior, e que as secretarias de educação dos Estados aderentes façam processos seletivos para o preenchimento das vagas ofertadas nas fases do curso, contemplando etapas eliminatórias e classificatórias. Por decreto, será definida toda a orientação sobre os requisitos necessários para participação e outras questões de interesse.
Aos alunos de cursos intensivos de idioma, o custo das aulas caberá ao FNDE, por meio de pregões eletrônicos específicos (os estados devem providenciar a estrutura física para as aulas).
Os selecionados para a fase do intercâmbio, que deve durar um semestre letivo, contarão com passagens aéreas de ida e volta para o país de destino, hospedagem em casa de família local, uma bolsa de instalação a ser paga após o desembarque do no país de destino para compra de roupas e demais despesas iniciais, além de 5 bolsas de manutenção, que serão pagas no decorrer do programa para bancar despesas pessoais.
Segundo o texto de João, as bolsas devem ser duplicadas para as unidades da federação localizadas nas regiões Norte e Nordeste como medida de redução das desigualdades regionais.
Com informações do Jornal Folha de Pernambuco