O candidato do PSB à Prefeitura de Campinas (SP), Jonas Donizette, venceu o debate da TVB-Record com propostas de governo realistas e factíveis. Ao mesmo tempo, respondeu de maneira franca e direta aos ataques do adversário Marcio Pochmann (PT).
O encontro entre os dois candidatos a prefeito de Campinas neste segundo turno foi transmitido ao vivo entre a noite de ontem e a madrugada desta terça-feira (23). Em quase todas as oportunidades que teve para falar, Pochmann usou o tempo para atacar Jonas.
Na avaliação do candidato da coligação Toda Força para Campinas, a estratégia petista revelou desespero às vésperas da eleição. Além disso, foi malsucedida. Jonas foi o único debatedor a obter direito de resposta.
Jonas mostrou que Pochmann é representante da velha fórmula de fazer política, que coloca interesses partidários acima do bem coletivo. “Na questão da Saúde, por exemplo, o senhor despreza as AMEs, apenas por se tratar de um programa do Governo do Estado”, disse Jonas.
“Essa é a diferença: eu proponho trabalhar em conjunto com as duas esferas de governo, tanto o federal como o estadual e o adversário não”, ressaltou. “Vou trazer duas AMEs para Campinas em parceria com o governo do Estado, mas também vou buscar as duas UPAs que a cidade tem direito junto ao Governo Federal”.
Falsas acusações
Sem propostas factíveis, Pochmann partiu para o ataque. Com tom de voz alterado, o petista lançou falsas acusações contra Jonas, como a que ele teria votado lei a favor do trabalho infantil quando era vereador. Seguro e sereno, Jonas mostrou que o candidato do PT distorceu os fatos.
“O senhor não leu o primeiro parágrafo da lei, que se trata da formação de jovens aprendizes a partir dos 14 anos, conforme é previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Aliás, eu comecei a trabalhar aos 14 anos”, esclareceu Jonas.
“Para a infância e juventude, tenho os projetos Creche 100%, os Núcleos da Esperança, o Instituto Federal de Educação e as FATECs. São propostas que constam em nosso Plano de Governo, registrado em cartório”, ressaltou.
Ao contrário de Jonas, Pochmann não respondeu a questionamentos fundamentais, como o papel que os homens fortes do governo Izalene Tiene (PT), que hoje estão em sua campanha, teriam na prefeitura caso fosse eleito. A gestão Izalene foi considera uma das piores da história de Campinas, marcada por greves e caos administrativo.
O petista tampouco esclareceu como ele lidaria com o tema da corrupção, tendo dentro do mesmo quadro partidário o prefeito cassado Demétrio Vilagra e sendo apoiado agora pelo PDT, mesmo partido do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos.
Ao final do debate, Jonas ressaltou que tem propostas verdadeiramente transformadoras, que representam o jeito PSB de governar. Sem rancores, sem sectarismo. “Vamos trabalhar junto com os governos Dilma e Alckmin para o bem de todos os moradores de Campinas”.