Paulão, que dividia chapa com o deputado, está indeferido por Ficha Limpa. Henrique Magalhães Teixeira assume nesta sexta o lugar dele na disputa.
Do G1 Campinas e Região
O candidato à Prefeitura de Campinas Jonas Donizette (PSB) anunciou na tarde desta sexta-feira (28) a substituição do seu vice, Professor Paulo (PSDB), o Paulão, pelo também tucano Henrique Magalhães Teixeira, filho do ex-prefeito da cidade José Roberto Magalhães Teixeira. A troca ocorreu para garantir a elegibilidade da chapa, já que Paulo teve a candidatura indeferida pela Lei da Ficha Limpa.
Pela legislação eleitoral, o registro do vice é atrelado ao do candidato a prefeito. Caso Jonas e Paulão fossem eleitos e o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantivesse o indeferimento da candidatura, ambos ficariam impossibilitados de ocupar o cargo no Executivo. Como o caso ainda não foi inserido na pauta da corte, a coligação optou por adiantar a substituição.
O nome de Henrique foi anunciado em coletiva em um hotel do Cambuí. Ele chegou junto Jonas ao local, onde já estavam reunidas pessoas do comando do PSDB e PSB. Os tucanos atribuíram a substituição de Paulão à falta de "celeridade" da Justiça, que deve julgar o caso após as eleições, o que colocaria em risco a candidatura do pessebista.
Perfil
Henrique Magalhães Teixeira, de 32 anos, é professor de música e cursa o quarto ano de direito. Ele atou como assessor parlamentar e já coordenou campanhas políticas. O filho do ex-prefeito concorria a uma das 33 vagas na Câmara de Vereadores de Campinas.
Indeferimento de Paulão
A candidatura de Paulão foi indeferida pela Justiça local no dia 2 de agosto, após o Ministério Público (MP) apresentar pedido de impugnação, alegando que o político teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União após causar um prejuízo de R$ 931 mil ao tesouro nacional quando exercia o cargo de diretor-executivo da Funcamp.
O tucano entrou com recurso no Tribunal Regional Eleitoral, que manteve o indeferimento no dia 6 de setembro. Após a decisão do TRE, a coligação apelou à última instância, em Brasília, e esperava que o julgamento ocorresse até a quinta-feira (27), mas o caso não entrou na pauta. Jonas apareceu isolado na liderança na última pesquisa de intenção de votos do Ibope encomendada pela EPTV.