O leilão de concessão dos aeroportos de Cumbica (Guarulhos), Viracopos (Campinas) e Juscelino Kubitschek (Brasília) está marcado para a próxima segunda-feira (6), na Bolsa de Valores de São Paulo. O edital de licitação foi aprovado na tarde desta quarta-feira (1º) pelo plenário do Tribunal de Contas da União (TCU).
Para o presidente da Subcomissão de Aeroportos da Câmara, José Stédile (PSB-RS), a concessão dos aeroportos será positiva para o crescimento econômico do Brasil. “Se não ocorrer o leilão, o governo terá que fazer um investimento muito alto nesses três aeroportos para garantir a continuidade do crescimento econômico da Nação. E nem estou falando de Copa do Mundo. O governo também poderá usar esses recursos para investir mais nos aeroportos regionais”, disse.
Segundo o deputado gaúcho, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) manterá 49% na gestão dos aeroportos que forem desestatizados. Pelos cálculos de Stédile, com a taxa de crescimento de mais de 10% ao ano, os aeroportos brasileiros precisam urgentemente de investimentos para evitar futuros colapsos no funcionamento. “Não podemos correr o risco de um caos aéreo e uma consequente alta no preço das passagens”.
O modelo de licitação prevê repasse de recursos para a Infraero, o que, de acordo com o parlamentar, ajudará na sustentação de aeroportos deficitários.
Aeroportuários
A abertura da licitação foi questionada judicialmente por alguns trabalhadores do setor aéreo, mas a Justiça negou o pedido de suspensão do processo.
Os aeroportuários alegam que a sociedade não teria participado do processo licitatório e que o leilão limitaria a livre concorrência e comprometeria a competitividade das empresas nacionais.
Para tranquilizar a categoria, Stédile informou que serão garantidos cinco anos de estabilidade e aumento salarial para os empregados.