
Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) protocolou, juntamente com os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Ivan Valente (PSOL-SP), nesta quarta-feira (22), o requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os fatos ligados à Operação Carne Fraca. O pedido para criar a CPI recebeu 208 assinaturas de apoio de deputados.
Deflagrada pela Polícia Federal na semana passada, a operação investiga o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura em um esquema de liberação de licenças para frigoríficos comercializarem as carnes sem a devida fiscalização. A PF investiga também a venda, pelos frigoríficos, de carne estragada ou vencida no Brasil e no exterior.
No requerimento, os parlamentares destacam que as investigações da PF apontaram a ação de frigoríficos de vários portes e lista os crimes identificados, entre eles o reaproveitamento de produtos vencidos e até o uso de produtos químicos para mascarar o aspecto da carne já vencida. Além disso, apontam que a PF identificou o envolvimento de dinheiro para campanhas de partidos políticos.
Delgado afirmou que muitas família estão preocupadas com a procedência da carne e ressaltou a importância da CPI. “Este instrumento é uma forma política que temos de ouvir e discutir o problema”, disse.
Para o socialista, o setor do agronegócio é essencial para a economia e para a imagem do Brasil mundo afora. “Uma crise nesta área, dentro da crise que já vivemos, significa colocar em risco milhares de empregos inseridos nesta cadeia produtiva. Por isso, o assunto é sério e deve ser resolvido de forma eficaz, mas também rápida. Não podemos permitir dúvidas com relação à procedência da carne”, afirmou.
O pedido de instalação da CPI será analisado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Pelo regimento interno da Casa, somente cinco CPIs podem funcionar simultaneamente (atualmente, há duas em andamento) e os pedidos têm que ser despachados por ordem cronológica. O requerimento da CPI da Carne Fraca é o oitavo na fila.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações do Portal G1