O Conselho de Ética aprovou por 11 votos a 10, na madrugada de quarta-feira (2), relatório pela admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Atuante na defesa da continuidade do processo, o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) votou favorável ao relatório e espera que o colegiado dê celeridade a ação nesta próxima etapa.
“Demoramos 120 dias corridos para conseguir votar a admissibilidade. Agora precisamos dar uma resposta à sociedade que acompanha de perto este processo e deseja que seja concluído em breve”, afirmou Delgado.
A partir de agora, Eduardo Cunha tem dez dias úteis para apresentas sua defesa ao Conselho. Depois serão 45 dias úteis para instrução processual e outros dez dias para apresentação do voto do relator. Para que tenha o mandato cassado são necessários os votos de 257 deputados no Plenário da Câmara.
Cunha é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar sob acusação de ter mentido na CPI da Petrobras ao negar a existência de contas bancárias no exterior. Documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontam que Cunha é controlador de contas bancárias com saldo milionário no país europeu.
O parlamentar também foi citado nas delações premiadas dos lobistas Júlio Camargo e Fernando Soares, o Baiano, durante investigação da operação Lava-Jato.
Assessoria de Comunicação/Liderança do PSB na Câmara