A senadora Lídice da Mata (PSB-BA), líder do PSB no Senado, disse, em pronunciamento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que aumentar a representação feminina no Poder Legislativo é necessário e urgente. Ela reconheceu que a luta das mulheres brasileiras pelos seus direitos e mais oportunidades já resultou em muitas conquistas, incluindo a instituição de políticas públicas, mas ponderou que ainda há “uma realidade muito grave a enfrentar”.
Lídice da Mata manifestou a sua alegria pelo fato de as mulheres brasileiras, no Dia Internacional da Mulher, comemorarem de forma unitária as suas conquistas e reafirmarem o seu compromisso de continuarem lutando para produzir no Brasil uma sociedade mais igualitária e mais equilibrada entre os direitos e as oportunidades de homens e de mulheres.
A senadora disse que, embora a Lei da Penha seja um exemplo dessas conquistas, é também o reconhecimento que a sociedade brasileira ainda é machista e violenta, onde homens expressam “a força do poder totalitário fisicamente sobre suas mulheres”.
“Mas, este ano, quando completamos 80 anos da conquista do voto feminino, creio ser indispensável afirmar que não é possível levar mais 80 anos para fazer avançar a presença feminina no Parlamento brasileiro. Esse é o desafio essencial”, afirmou.
Lídice da Mata disse que o Brasil tem a segunda pior colocação no ranking mundial de mulheres no Legislativo. Ela lamentou que as mulheres ainda sejam sub-representadas na política nacional, mesmo com uma delas na Presidência da República.
“Eu creio que esse é o desafio central da mulher brasileira. Não podemos mais conquistar políticas públicas voltadas para a inserção das mulheres sem que tenhamos a possibilidade de decidir o conteúdo dessas políticas públicas e votá-las no Parlamento brasileiro”, disse.
A parlamentar disse ser essencial uma reforma política que propicie esse um aumento no número de mulheres eleitas, pois, atualmente, apenas 12% das cadeiras do Senado e 10% das cadeiras da Câmara são ocupadas por mulheres.
Lídice da Mata homenageou todas as mulheres que se destacaram na luta por conquistas democráticas no país, e todas as mulheres sufragistas que lutaram no mundo inteiro pelo direito de voto. Ela também homenageou as mulheres do movimento operário, do campo e da cidade, que lutaram contra a exploração da força de trabalho.