ados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que, no Brasil, um jovem negro corre 2,5 vezes mais risco de morrer que um branco. No Nordeste, a margem é duas vezes maior que a média nacional e, na Paraíba a proporção de mortes de negros x brancos é de 13,4 vezes.
Autora de um requerimento que defende a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os assassinatos de jovens negros, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) disse que já há 30 assinaturas de senadores e a expectativa é de que a CPI seja instalada ainda no primeiro semestre deste ano.
A CPI deve ser composta por 11 integrantes e sete suplentes e terá o prazo de 180 dias para processar todas as investigações. “Um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a cada três pessoas assassinadas no Brasil, duas são negras. Precisamos investigar as causas deste extermínio, quem são os mandantes das execuções para que possamos revelar para os governos e a sociedade brasileira e contribuir com a investigação e as políticas públicas adotadas a partir daí”, disse a senadora baiana.
Bahia – No Estado, que tem a maioria da população formada por afrodescendentes, a chance de um jovem negro ser assassinado é 3,5 maior que a de um branco na mesma faixa etária. Embora o índice esteja abaixo da média do Nordeste é considerado alto e é maior que o de estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte, por exemplo. No Brasil, a Bahia ocupa a 11ª posição neste indesejável ranking.
Veja os números por estado do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade de 2014
Estado |
Taxa |
Estado |
Taxa |
Estado |
Taxa |
PB |
13,4 |
PE |
11,6 |
AL |
8,8 |
DF |
6,5 |
ES |
5,9 |
SE |
4,2 |
CE |
4,0 |
AC |
3,8 |
PA |
3,6 |
BA |
3,5 |
RN |
3,4 |
RR |
3,3 |
MA |
2,8 |
PI |
2,8 |
AP |
2,6 |
GO |
2,6 |
MS |
2,4 |
RJ |
2,3 |
MG |
2,2 |
MT |
2,0 |
RO |
1,8 |
TO |
1,8 |
RS |
1,7 |
SP |
1,5 |
SC |
1,4 |
PR |
0,7 |
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