
Foto: Luis Macedo/Agência Câmara
A maioria dos deputados socialistas votou, nesta quarta-feira (25), pela continuidade das investigações contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-geral de Governo), por suspeita de organização criminosa e obstrução de justiça.
Dos parlamentares do PSB, 22 foram contrários ao parecer do relator Bonifácio de Andrada (PMDB-MG), que pedia o arquivamento da denúncia.
Votaram pelo prosseguimento da investigação os deputados Júlio Delgado (MG), líder da bancada, Bebeto Galvão (BA), César Messias (AC),Danilo Cabral (PE),Flavinho (SP), George Hilton (MG),Gonzaga Patriota (PE),Heitor Schuch (RS),Hugo Leal (RJ), Janete Capiberibe (AP) e JHC (AL).
Também disseram “não” ao relatório José Stédile (RS), Leopoldo Meyer (PR), Luciano Ducci (PR), Luiz Lauro Filho (SP), Keiko Ota (SP), Odorico Monteiro (CE), Paulo Foletto (ES), Rafael Motta (RN), vice-líder, Rodrigo Martins (PI),Tadeu Alencar (PE) e Valadares Filho (SE).
O posicionamento dos deputados seguiu as deliberações do Diretório Nacional do partido que, por unanimidade, fechou questão pela aceitação da denúncia feita pela Procuradoria Geral da República.
Ao orientar o voto dos colegas, o líder Júlio Delgado reafirmou a posição partidária contra Temer.
“Vamos autorizar o processamento da denúncia pelo STF, que é o órgão responsável para fazer isso. Os indícios são fortes. Todos os fatos nunca foram negados”, afirmou o deputado durante sua defesa pela denúncia.
“A responsabilidade de um presidente é grande, e maior é a sua culpabilidade quando comete crimes no exercício da Presidência da República. E é isso que se está a investigar”, declarou.
A denúncia no entanto foi arquivada por 251 votos favoráveis ao parecer contra 233 contrários. Foram registrados duas abstenções e 25 deputados ausentes na votação. Na primeira denúncia, a base governista deu 263 votos a Temer e 227 deputados votaram contra o presidente.
Delgado lamentou o resultado, mas ressaltou que o governo Temer segue enfraquecido após os números finais da votação. “Não tem voto para aprovar a Reforma da Previdência”, disse.
Para que a denúncia seguisse adiante, ao menos 342 deputados teriam que votar contra o parecer.
Com a decisão, a denúncia contra Temer por este crime só poderá ser eventualmente analisada após o peemedebista deixar o cargo.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional