Com o início oficial da campanha eleitoral, o advogado e ex-governador de São Paulo Márcio França deu a largada à corrida rumo à Prefeitura de São Paulo em uma live nas redes sociais, neste domingo (27). Durante a transmissão, o socialista, que foi o candidato mais votado na capital nas últimas eleições para governador, com 10 milhões de votos, falou sobre as principais ações que irá tomar, caso eleito, para mudar a educação, a saúde e a economia da maior cidade do país.
França disse que a gestão socialista na capital irá abrir escolas aos sábados, domingos e feriados para que os estudantes recuperem o atraso no calendário escolar devido à crise da covid-19 que fechou as portas das escolas. A carga horária das unidades de saúde também será ampliada, com a devida remuneração aos servidores. O socialista concorre por uma coligação formada, além do PDT, partido do candidato a vice Antônio Neto, pelo Solidariedade, Avante, Partido da Mobilização Nacional (PMN) e Partido da Mulher Brasileira (PMB).
O ex-governador propôs estender o auxílio emergencial de R$ 600 à população vulnerável, mas, com contrapartidas. Os beneficiários prestarão serviços públicos à prefeitura durante 3 dias na semana, por seis horas. Além do auxílio financeiro, vão receber também cestas básicas e vale transporte, e passar por um treinamento profissional de requalificação para o mercado de trabalho.
Outra proposta é o recrutamento, já em 2021, de 40 mil jovens, que receberão uma bolsa, no mesmo valor do auxílio emergencial, para fazerem um curso técnico com duração de um ano e serem prestadores de serviços da prefeitura, trabalhando seis horas por dia para dar orientações municipais.
“Esse programa tem um resultado sensacional, porque, embora não seja um programa de segurança pública, ele acaba afetando a segurança pública. Porque muitas pessoas que estavam do lado errado, que estavam indo para o crime, voltam”, afirmou.
Em vídeo, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que a candidatura de Márcio França é a melhor para São Paulo, pela competência e capacidade que França demonstrou nos períodos em que exerceu diversas funções públicas.
“Nós todos nos orgulhamos muito do Márcio. O Márcio tem sido ao longo da sua vida um homem que serve com prazer e com alegria, mas sobretudo com muita competência, com muita inteligência e com muita capacidade em todas as funções que ele exerceu”, disse Siqueira.
Durante a live, Márcio França criticou as gestões do PSDB na capital e no Estado, e disse que não pensava em ser candidato à Prefeitura de São Paulo, mas atendeu a um convite do partido. “Tive a maior votação em São Paulo, me senti convocado”, declarou.
Também participaram com mensagens em vídeo a ex-primeira dama de São Paulo Lúcia França, o candidato a vice-governador na chapa, Antônio Neto (PDT), o vice-presidente de relações governamentais do PSB, Beto Albuquerque, o líder do PSB na Câmara, deputado federal Alessandro Molon (RJ), o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes e o deputado estadual Caio França (PSB-SP).
História
Nascido em São Vicente (no litoral de São Paulo), Márcio Luiz França Gomes, de 57 anos, é formado em Direito. Desde 1988 é filiado ao PSB, seu único partido. Ele foi vereador de São Vicente (1992 e 1996) e prefeito de São Vicente por dois mandatos.
Em 2007, assumiu como deputado federal. Em 2010, atuou como secretário de Turismo e, em 2015, além de vice-governador, foi secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado.
Em 2018, assumiu como governador durante oito meses e disputou a reeleição, chegando ao segundo turno. Ele é casado com a professora Lúcia França e tem dois filhos, um deles, o deputado estadual Caio França.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional