
Foto: Humberto Pradera
As letras do nome de Miguel Arraes de Alencar, um dos grandes líderes da esquerda brasileira, estão gravadas no livro de aço dos Heróis e das Heroínas da Pátria.
A cerimônia de entronização de Arraes e de outras 20 personalidades da história brasileira aconteceu nesta quarta-feira (12), em Brasília.
Além do ex-presidente do PSB, foram incluídos no livro os nomes do ex-governador Leonel Brizola, do escritor Machado de Assis, da primeira presa política do país e heroína da Revolução Pernambucana Bárbara de Alencar, e do advogado abolicionista Rui Barbosa.
Também passaram a figurar no livro de aço o jornalista e escritor Euclides da Cunha, a estilista e militante política Zuzu Angel, e a primeira mulher a integrar o Exército Brasileiro Maria Quitéria. Outras 31 personalidades já foram homenageadas, entre elas, Tiradentes, Zumbi dos Palmares e Anita Garibaldi.
A inclusão do ex-governador de Pernambuco na relação de heróis e heroínas brasileiros se deve à sua biografia, como cidadão, homem público, dirigente partidário e líder político dedicado às causas sociais e em defesa da democracia no Brasil.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), destacou que a solenidade ocorre na mesma semana em que se celebram os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e, ao mesmo tempo, em um momento delicado da política nacional com um novo governo que empossado em janeiro.
Para Rollemberg, é importante reconhecer o papel das mulheres e homens inscritos no livro. Ele mencionou Arraes como uma de suas grandes inspirações políticas.
“Tive o privilégio de conviver com Arraes e ele possuía duas características que considero essenciais para um homem público: sua luta e identidade permanente com os mais pobres, e seu olhar no futuro, sempre pensando num projeto nacional para o país”, afirmou.
O líder da bancada socialista na Câmara, Tadeu Alencar (PE), autor da proposta que permitiu a inscrição de Arraes no livro, relembrou a trajetória de um dos maiores expoentes políticos do país, sua atuação como deputado estadual e federal, prefeito do Recife, governador de Pernambuco por três mandatos e presidente nacional do PSB entre 1993 e 2005.
Para Alencar, é “incontroverso” que há muito tempo o nome de Arraes devia estar no Panteão da Pátria. “Nós [socialistas e familiares] estamos orgulhosos e incumbidos de carregar essa pira com o fogo da democracia, que precisa estar sempre aceso, principalmente nesse momento do país em que, claramente, a democracia e a liberdade estão ameaçadas”, afirmou, fazendo referência ao monumento arquitetônico projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, na Praça dos Três Poderes.
A filha do ex-governador de Pernambuco, Ana Arraes, agradeceu aos presentes à solenidade. “Agradeço especialmente àqueles que sempre estiveram junto com meu pai com o compromisso de governar para os mais necessitados, pois esta era a legenda no coração dele”, disse a vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).
O evento, realizado pelo Governo do Distrito Federal, contou com a participação do governador Paulo Câmara (PE), do prefeito do Recife, Geraldo Julio, e dos deputados socialistas Danilo Cabral (PE), Alessandro Molon (RJ), Bebeto Galvão (BA), Cássio Andrade (PA), Bira do Pindaré (MA), Tony Gel (PE).
Entre os familiares de Arraes presentes à solenidade estavam ainda o filho Pedro, o bisneto João Campos, eleito deputado federal, e os netos Antonio Campos e Marília Arraes.
Também participaram o presidente da FJM (Fundação João Mangabeira), Alexandre Navarro, as secretárias nacionais da Negritude Socialista Brasileira e de Mulheres, Valneide Nascimento e Dora Pires, as primeiras-damas Márcia Rollemberg (DF) e Ana Luíza Câmara (PE), o presidente estadual do PSB-PE, Sileno Guedes, parlamentares de outros partidos, filiados e membros do Governo do Distrito Federal.
Confira as fotos da solenidade no Flickr do PSB Nacional:
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional