
Foto: Sérgio Francês/Lid. PSB na Câmara
Em sessão solene em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ), Tabata Amaral (PSB-SP) e Rodrigo Agostinho (PSB-SP) alertaram para os riscos que a natureza corre diante de um governo que só contribui para a devastação ambiental.
Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, Molon lembrou que o Brasil já desempenhou o papel de liderança ambiental no mundo, entretanto, lamentou que o governo atual fez com que o país ocupasse agora um lugar de “vilão”. Para ele, é necessária uma convenção mundial para a preservação do meio ambiente.
A Frente divulgou ainda o balanço dos resultados alcançados pela bancada e pelo país ao longo da gestão do presidente Jair Bolsonaro. Na avaliação dos seus líderes, a Câmara aprovou, em grande parte, projetos nocivos ao meio ambiente.
Segundo Molon, os dois primeiros anos da legislatura (2019 e 2020) não foram de saldo inteiramente negativo para o meio ambiente na Câmara. “Conseguimos impedir a aprovação de vários retrocessos aqui, como o desmonte do licenciamento ambiental, o projeto da grilagem de terras [reforma fundiária], o pacote do veneno [marco legal dos agrotóxicos] e tantas outras iniciativas”, relatou.
Entretanto, o socialista ressalta que os dois últimos anos foram mais críticos para a legislação ambiental. “Nesse ano e meio, estamos apresentando o contrário aqui na Câmara: tudo aquilo que conseguimos represar, os retrocessos, (…) infelizmente vem sendo aprovados contra o nosso voto aqui na Câmara”.
Molon destacou que proteger o meio ambiente não é impedir o desenvolvimento econômico. Ao contrário, a agenda da proteção ambiental hoje, da preservação e da sustentabilidade, é de desenvolvimento.
“O mundo inteiro caminha para propostas de um chamado novo acordo verde, que é a geração de emprego e renda, redução das desigualdades através de modelos sustentáveis. Nós defendemos essa visão com propostas que geram emprego e renda, criam prosperidade, reduzem desigualdades e protegem o meio ambiente”, esclareceu.
O deputado destacou que esse é um momento de luta. “Por mais que o momento seja terrível, temos certeza que venceremos. Vamos virar essa triste página da nossa história, em que o Brasil vai se reposicionar no mundo, cooperar, e vai receber o importante apoio de outros países para preservar o nosso meio ambiente e para proteger o futuro da humanidade”, ressaltou.
Membro titular da frente, Tabata Amaral ponderou que, na semana do meio ambiente, a luta é muito mais direcionada ao combate dos retrocessos, fruto da resistência dos ambientalistas para tentar fazer avançar uma pauta fundamental.
De acordo com a deputada, o Brasil “regrediu 30 anos em três” na pauta ambiental. “Nesses três anos de governo Bolsonaro, nós já tivemos três décadas de retrocessos. A pauta ambiental no Brasil andou trinta anos para trás, porque cortaram tudo que podiam de recursos de políticas ambientais”, apontou.
O deputado Rodrigo Agostinho disse que o momento é muito difícil, pois as mudanças climáticas chegaram e o mundo todo nos cobra a tarefa de combater o desmatamento. “Perdemos 1,5 milhão de hectares de florestas nos últimos 12 meses. É assustador! O volume acumulado desses últimos três anos e meio é mais ou menos uma área de 13 vezes a cidade de São Paulo, a maior cidade da América Latina”.
Agostinho detalhou diversas ações do governo que vão contra o meio ambiente, como o projeto para liberar a caça no país, a lei dos agrotóxicos, a lei da grilagem e o estímulo contínuo ao desmatamento das nossas florestas. “É um momento de união da sociedade civil. Não dá pra gente continuar tolerando a mesma situação, impunidade para crimes ambientais, alimentando um ciclo de mais crimes ambientais e de mais desmatamento”, afirmou.
Os parlamentares também divulgaram, por meio da Frente Parlamentar, um manifesto em defesa do meio ambiente, em que trazem à tona o cenário atual de retrocessos. No documento, eles também criticaram a pauta antiambiental do governo na Câmara.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações da Liderança do PSB na Câmara e do Congresso em Foco