A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas aprovou requerimento, nesta terça-feira (23), pedindo a quebra de sigilos bancários e telefônicos dos proprietários da Boate Xingu, em Altamira no Pará, Adão Rodrigues e sua esposa Solide Fatima Triques. O deputado federal Severino Ninho (PSB-PE) é o autor da proposta.
Ninho explica que, como é informação sigilosa, a exibição dos dados coletados na quebra de sigilo pode ser vista apenas pelos membros da CPI. “Acredito que podemos descobrir informações valiosas que auxiliem a Comissão com possíveis ligações relacionadas aos fatos”.
Em fevereiro, a Polícia Civil flagrou, na boate, 18 pessoas traficadas em situação de cárcere privado para fins de exploração sexual. Entre as vítimas estavam mulheres, uma adolescente de 16 anos e um travesti. O estabelecimento ficava próximo ao canteiro de obras da empresa construtora da Usina Belo Monte.
Em março, O Ministério Público Federal (MPU) denunciou seis pessoas ligadas ao caso. Eles estão sendo acusados pelos crimes de trabalho escravo, tráficos de pessoas, exploração sexual de menor e formação de quadrilha. Os acusados foram identificados pelas vítimas libertadas da boate.