
Hugo Leal em seminário sobre ações de segurança no trânsito em 2016. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Quarto país com maior número de mortes no trânsito, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil participa do movimento Maio Amarelo, uma ação mundial que busca promover a segurança viária. A iniciativa tem o reconhecimento do deputado federal Hugo Leal (PSB-RJ), presidente da Frente do Trânsito Seguro. Ele defende a necessidade de maior conscientização sobre a segurança no trânsito, um dos objetivos da campanha.
“Esse é o grande debate. Sabemos que os acidentes acontecem por diversos fatores, seja a imprudência do motorista, problemas na via, sinalização ruim. Tudo deve ser levado em consideração para fazer uma campanha ampla com resultado positivo em todo o país”, afirma.
Segundo dados de um estudo da OMS, morrem instantaneamente 50 mil pessoas a cada ano em acidentes nas ruas e estradas do Brasil. Se forem contabilizadas as mortes até 30 dias após o acidente, o número sobe para 75 mil. A violência no trânsito deixa outras 400 mil pessoas feridas ou com sequelas graves. No mundo inteiro, o levantamento contabiliza cerca de 1,3 milhão de mortes por acidentes de trânsito em 178 países (2009), e aproximadamente 50 milhões de pessoas que sobreviveram com sequelas.
De acordo com a OMS, são 3 mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas – a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.
Esses acidentes impactam os cofres públicos e, diretamente, a área de saúde. “Temos um custo médio de R$ 4 bilhões que são retirados do DPVAT e repassados ao Ministério da Saúde para fazer frente a essas despesas com acidentes de trânsito, e ainda não são suficientes para cobrir as despesas”, informa o deputado. O DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) é conhecido como “seguro obrigatório”, pago a cada ano pelos cidadãos.
Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 – passando para a quinta maior causa de mortalidade – e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos, prevê a organização.
Para Hugo Leal, um dos caminhos para a diminuição da violência no trânsito é o endurecimento das punições. Como é o caso da Lei Seca, de sua autoria, que pune motoristas que dirigem após ingerir bebida alcoólica. “Além do aumento da punição, a Lei teve elemento de reeducação, de produção de uma nova geração mais consciente em relação à segurança no trânsito”.
O Movimento Maio Amarelo é uma ação coordenada entre o Poder Público e sociedade civil. “O principal papel do movimento no Brasil é entender que cada pessoa faz parte da mudança. E a mudança também deve partir dos órgãos de controle como o Detran e Polícia Rodoviária, informando melhor a população, cuidando da fiscalização e preparação das vias e participando ativamente de campanhas relacionadas ao trânsito seguro”, finaliza o parlamentar.
Assessoria de Comunicação da Liderança do PSB na Câmara dos Deputados com informações do site Maio Amarelo