A nota do Partido dos Trabalhadores (PT), que agride o presidente do PSB, governador Eduardo Campos, é de responsabilidade reiterada da direção nacional do partido: porque foi inserida no perfil do PT no Facebook e dele não foi retirada. E, lamentavelmente, a atual direção nacional do PT não se sentiu no dever, ditado pelas boas maneiras, de pedir desculpas. Seria muito sugerir a autocrítica.
Até aqui, as declarações civilizadas do deputado Vicentinho são manifestações isoladas e pessoais que não parecem haver contagiado o seu partido. A metodologia da nota é, do ponto de vista ético, a pior possível, por apócrifa. Do ponto de vista político, a nota é de aterradora burrice, pois só serve para afastar, amanhã, de forma irreconciliável, dois partidos que desde 1989 caminharam quase sempre coligados.
Cuspindo para cima, os dirigentes omissos do PT assumem a ingratidão política, esquecidos de que o PSB apoiou Lula nos seus momentos mais difíceis e nas campanhas eleitorais mais inviáveis. A agressão atinge a um só tempo o candidato do PSB e seu presidente, bem como toda a militância socialista. A quem interessa isso? Exclusivamente à direita. É isso o que pretendem os estrategistas do PT?
O PSB, solidário com seu líder e candidato, repudia a agressão, mas não se deixará atrair pela pequena política.
Confio, em memória de tantos anos de cooperação e embates contra adversários comuns, em nome da boa política e em nome do enfrentamento democrático, que este texto terá boa acolhida no Facebook do PT, como teria, na hipótese inversa, um texto do PT no sítio do PSB.
Roberto Amaral
Vice-presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB)