Eduardo Campos e Marina Silva celebraram em 5 de outubro de 2013 o compromisso de, juntos, ofertarem ao Brasil um projeto político consistente. Pretendiam mudar o Brasil e mudar a política. Seu projeto de País altivo e soberano ganhou corpo no PSB e foi materializado na Coligação Unidos pelo Brasil, fruto da aliança também com PPS, PHS, PRP, PPL, PSL e Rede Sustentabilidade. Morto Eduardo Campos, nosso companheiro, Beto Albuquerque, integrou como vice a chapa que teve Marina na cabeça do pleito presidencial.
Apesar dos esforços, não houve êxito. As urnas reconfirmaram a conhecida dicotomia política. Uma realidade que impõe a nós a responsabilidade de uma definição diante dos projetos políticos remanescentes, face ao segundo turno das eleições presidenciais, que se realizam no dia 26.
Não podemos nos furtar ao compromisso com o futuro do Brasil, que hoje vê com pesar seu ciclo de crescimento interrompido, pondo em risco conquistas sociais obtidas. Precisamos avançar, para acabar com as iniquidades e injustiças, como condiz com a visão de uma esquerda progressista e democrática, profundamente voltada para por em marcha as necessárias transformações sociais. Mas, especialmente, não podemos nos furtar ao compromisso político assumido em vida por Eduardo. Temos o dever de levar adiante sua missão, para que seu sacrifício não se revele inútil.
Diante do exposto, o PSB reuniu hoje, em Brasília, sua Comissão Executiva Nacional, que deliberou o que se segue:
1. Indicar o apoio à candidatura de Aécio Neves, ressalvadas as realidades dos Estados, na expectativa de ver amadurecer um novo modelo de política visando o desenvolvimento e o atendimento às aspirações legitimas do povo brasileiro.
2. Essa indicação de apoio fica condicionada a acordo a ser discutido e firmado sobre bases programáticas, considerando a urgência de criar o ambiente necessário a um novo ciclo de desenvolvimento.
Brasília-DF, 08 de outubro de 2014
Roberto Amaral
Presidente Nacional do PSB