
Carlos Siqueira destacou pré-candidatura de Márcio Lacerda ao governo de Minas Gerais. Foto: Ricardo Barbosa/Assembleia Legislativa de Minas Gerais
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse durante as comemorações dos 70 anos de fundação do partido, nesta quinta-feira (24), em Belo Horizonte (MG), que um novo ciclo se abre na política mineira, e defendeu que esta nova fase seja liderada pelo PSB.
“Temos hoje nas fileiras do PSB mineiro figuras que são capazes de representar esse ciclo. Aqui já está lançada a pré-candidatura do ex-prefeito Márcio Lacerda”, defendeu.
A sessão solene aconteceu no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, por proposta do deputado estadual Antônio Lerin.
Lerin e o presidente estadual do PSB-MG e ex-prefeito da capital Márcio Lacerda, entregaram a Siqueira uma placa em homenagem às sete décadas de trajetória do partido.
Também participaram os deputados federais Júlio Delgado (MG) e George Hilton (MG), o presidente do PSB de Belo Horizonte, Gelson Leite, além de representantes de segmentos sociais do partido.
Em seu discurso, Carlos Siqueira ressaltou a importância econômica e política de Minas Gerais para o país e citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek como exemplo de político que “contribuiu de forma determinante para o desenvolvimento do Brasil”.
O presidente nacional do PSB elogiou o engajamento de militantes da Juventude Socialista, presentes na celebração, destacou a importância de cada filiado ao partido e reforçou a necessidade de que o PSB atraia cidadãos comprometidos com a justiça social.
“Cada brasileiro, cada indivíduo precisa acreditar que o Brasil é maior que esta crise que nos foi legada, precisa acreditar que deve escolher bem os seus representantes. E o que o PSB deve fazer é atrair novos quadros, gente do bem, inteligente, capaz, engajada com bandeiras históricas do partido”, defendeu.
O socialista defendeu uma renovação na representação política. “O Brasil tem solução. O que precisa é mudar uma representação que não corresponde aos interesses do país, se pauta por seus próprios interesses ou é coordenada por interesses de fora”, criticou.
Para Siqueira, o país deve incorporar em sua cultura os princípios basilares da democracia, que são baseados na ideia de que todos são importantes e iguais em uma sociedade.

Lerin lembrou o legado de Eduardo Campos e convidou os socialistas “a se unirem em torno de um projeto para o país”. Foto: Ricardo Barbosa/Assembleia Legislativa de Minas Gerais
“Quando todos se sentirem respeitados, também se sentirão entusiasmados com a defesa do país”, destacou, lembrando que por acreditar nessa possibilidade está há 28 anos no PSB.
Ao lembrar de figuras históricas do partido, Siqueira disse que Eduardo Campos continua presente na memória dos socialistas, inspirando políticas públicas capazes de melhorar a vida dos brasileiros nas cidades.
Exemplo de Campos – Em discurso emocionado, o deputado estadual Antônio Lerin destacou o legado do ex-governador de Pernambuco. “É uma felicidade estar em um partido que nos deu um grande líder, o nosso querido Eduardo Campos, e ver que os seus ideias não pararam”, afirmou.
O deputado convocou os socialistas a “escreverem a própria história” no PSB e “se unirem em torno de um projeto para o país”.
“Sonhar é muito fácil, mas transformar o sonho em realidade depende de garra e determinação, e acima de tudo, de sermos companheiros dos companheiros, porque ninguém chega a lugar algum sozinho”, disse.
História e princípios – Siqueira disse que o PSB é a segunda legenda mais antiga do país e lembrou o papel desempenhado por figuras como João Mangabeira, Hermes Lima e Jamil Haddad, fundadores do partido.
Ele recordou como nasceu o PSB em 1947, sob a consigna “socialismo e liberdade”, diferenciando-se da esquerda stalinista e da direita liberal. “O PSB representou uma nova ideia política, de democracia, justiça social e pluralidade”.

Presente na cerimônia, Márcio Lacerda entregou a Siqueira uma placa comemorativa pelos 70 anos de trajetória do PSB. Foto: Ricardo Barbosa/Assembleia Legislativa de Minas Gerais
Siqueira disse que foi por defender esses princípios que o PSB decidiu fechar questão contra as reformas da Previdência e das leis trabalhistas. “Reformas são necessárias, mas não consideramos correto desequilibrar o jogo entre capital e trabalho e reduzir ainda mais a igualdade de oportunidades”.
Desde que foi refundado em 1985, após o regime militar, o PSB apresenta resultados melhores a cada eleição, declarou o presidente do PSB.
Para o socialista, o PSB deve permanecer coerente com seus princípios programáticos para que, quando governar o país, possa realizar grandes transformações sociais como fizeram Getúlio Vargas e Juscelino Kubistchek.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional