Senadores de oposição ao atual governo apresentaram nesta quinta-feira (24) duas representações no Ministério Público Federal (MPF) e no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a retomada imediata do envio de recursos para a Operação Carro-Pipa, que leva água potável às famílias no semiárido nordestino.
O programa federal de abastecimento de água, que atende cerca de 1,6 milhão de pessoas em oito estados do Nordeste há mais de 20 anos, foi interrompido pelo governo Bolsonaro. Elas têm direito à água potável e vivem em municípios em estado de emergência ou calamidade pública por estiagem ou seca.
As representações usaram como base a reportagem do portal UOL que mostrou que a operação Carro-Pipa, uma parceria entre Exército Brasileiro e o Ministério do Desenvolvimento Regional, teve os recursos interrompidos logo após as eleições.
Os senadores pedem ao MPF e ao TCU que os serviços sejam retomados imediatamente e também a instauração de um inquérito civil público para apontar responsáveis pela paralisação da política pública.
Para eles, o corte está “impactando grave situação de insegurança hídrica e direta ameaça à vida das populações locais do semiárido brasileiro”.
Os pedidos são assinados pelos senadores Dário Berger (PSB-SC), Paulo Rocha (PT-BA), Jean Paul Prates (PT-RN), Humberto Costa (PT-PE), Jaques Wagner (PT-BA), Fabiano Contarato (PT-ES), Paulo Paim (PT-RS), Rogério Carvalho (PT-SE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Zenaide Maia (PROS-RN).
De acordo com os senadores, resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, que em 2010 definiu a água “como direito humano essencial, passando a ser concebida, como um direito natural inerente a todo e qualquer cidadão, tendo em vista sua imprescindibilidade para a vida, saúde, bem-estar e desenvolvimento humano”.
Com informações de Veja.com e Hora do Povo