O líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), defendeu, nesta terça-feira (9), a aprovação imediata da Proposta de Emenda à Constituição que torna obrigatória a execução de emendas parlamentares ao Orçamento da União, chamada de PEC do Orçamento Impositivo. A matéria aguarda votação pelo Plenário da Câmara. “Os parlamentares não podem ser reféns das chantagens e achaques do governo. Precisamos votar com urgência essa proposta”, enfatizou.
Beto também afirmou que o PSB na Câmara seguirá na luta, juntamente com os partidos da oposição, para impedir a tentativa do Governo Federal de modificar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014, por meio de projeto de lei que altera a forma de cálculo do superávit primário (PLN 36/14). A proposta teve parte do texto aprovada na madrugada do último dia 5, mas falta a apreciação de uma emenda, marcada para esta tarde.
PETROBRAS – Beto participou, na manhã desta terça-feira, de reunião com líderes da oposição. Na ocasião, também foi discutida a apresentação de relatório alternativo ao que deverá ser entregue pelo deputado Marco Maia (PT-RS) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras. O relatório de Maia será lido nesta quarta-feira, mas só deverá ser votado pela comissão na próxima semana. A oposição acredita que seja apresentado pelo relator um texto “chapa branca” e insatisfatório.
Após a reunião, Beto Albuquerque – escolhido como porta-voz do grupo – explicou que os parlamentares irão esperar a apresentação do texto do deputado Marco Maia para, a partir da análise do documento, entregar o novo relatório. "Antes queremos conhecer a proposta formal que será apresentada na CPMI. Se ela vier com ‘cara de pizza’, o nosso relatório paralelo será apresentado, porque nós não vamos passar recibo e nem seremos sócios de um relatório chapa-branca num assunto que até nos Estados Unidos é grave, na Justiça brasileira é grave, na Polícia Federal é grave e não pode deixar de ser grave no Congresso Nacional", ressaltou o parlamentar.