
Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
O deputado federal Bebeto Galvão (BA) disse que a extinção do Ministério do Trabalho proposta por Jair Bolsonaro criará um “território livre” para a exploração dos trabalhadores, além de fragilizar o trabalho de fiscalização ao cumprimento das leis trabalhistas e ao combate do trabalho escravo.
Para Bebeto, com a reforma trabalhista de Temer, os trabalhadores tiveram “a queda”, e agora, com o presidente eleito Bolsonaro e o anúncio do fim do Ministério do Trabalho, terão o “o coice”.
“Nós tínhamos como recorrer à fiscalização do Ministério do Trabalho, quando havia condições de trabalho análogas ao escravismo ou de empresários de má-fé que não pagavam os direitos dos trabalhadores e não assinavam suas carteiras. Agora, com o fim dele, há um território livre para a profunda exploração dos trabalhadores”, disse Bebeto, em discurso na tribuna da Câmara, na quinta-feira (8).
“Nem mesmo os empresários, que têm uma visão de um capitalismo moderno, membros do Ministério Público do Trabalho, juízes do Trabalho e parte da sociedade estão satisfeitos com esta medida. A quem os trabalhadores irão recorrer, se a imposição da legislação trabalhista impede a fiscalização, tenta impedir a luta dos sindicatos?”, questionou.
Segundo o deputado, a reforma trabalhista de Michel Temer, ao contrário do anunciado, não gerou empregos, mas precarizou as relações de trabalho. Para Bebeto, “há forte incidência” para “a quebra do movimento sindical”, a fim de que o empresariado imponha sua agenda de negociação sem direitos para os trabalhadores.
“Querem quebrar a estrutura sindical para que o empresariado brasileiro tenha um território livre para atuar. Isso vem gerando profunda exploração da classe trabalhadora, como nós estamos a assistir neste atual momento, que é a tentativa de imposição dos empresários de uma agenda de negociação sem direitos para os trabalhadores”, reiterou.
Assista a íntegra do discurso.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional