
Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara
Vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Nordeste, o deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) defendeu nesta segunda-feira (15), durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a união de esforços para a retomada e a conclusão da ferrovia Transnordestina. A obra foi iniciada em 2006, na primeira passagem de Lula pela Presidência e está paralisada há cinco anos.
No apagar das luzes do governo Bolsonaro (PL), a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) devolveu oficialmente ao governo Federal o trecho da Transnordestina que levaria a ferrovia até o Porto de Suape, em Pernambuco. O aditivo de contrato, assinado entre a CSN e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), retira do traçado o trecho de 520 km, que iria de Salgueiro (Sertão) até Suape.
“A Transnordestina precisa ser feita em sua completude. Essa visão irá encontrar eco no governo federal, até porque foi o presidente Lula quem começou a ferrovia e eu tenho certeza que ele tem toda a intenção de achar soluções para essas questões. Esse é um projeto estruturador para o país, e deve ser guiado pelo olhar de integração do Nordeste e não de um projeto que se desfigure nesse sentido”, afirmou.
A audiência reuniu deputados das bancadas estadual e federal de Pernambuco para debater soluções para a reinserção do ramal Salgueiro-Suape ao projeto da ferrovia.
Pedro Campos defendeu a convergência de esforços políticos para a retomada e a conclusão da obra por inteiro. “Vamos colocar outros atores nacionais nessa mesa de discussão, com representantes do Ministério da Infraestrutura, do Ministério do Desenvolvimento Regional, os bancos que vão financiar, tanto do ponto de vista da concessão, quanto para as soluções possíveis para a execução do ramal Salgueiro-Suape”, disse. Dessa forma vamos somar ao debate realizado em Pernambuco ao debate nacional, para que a Transnordestina seja um projeto sobre integração nacional e não se transforme em disputa regional”, concluiu.
O parlamentar destacou ainda a importância da ferrovia para o crescimento econômico do Estado, com aumento de competitividade da agricultura e da indústria, além de atração de investimentos para geração de emprego e renda. “Essa luta precisa ser conjunta. A viabilidade da ferrovia é uma viabilidade econômica que, muitas vezes, depende de fatores que não cabem numa planilha, num papel nem na conta de uma concessionária privada, mas que para o país é um eixo de desenvolvimento, de integração e que precisa de aporte de recursos públicos, como ocorreu até hoje, onde mais de 80% dos recurso aplicados são públicos”, afirmou.
Com informações da Folha de Pernambuco