O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou, na última sexta-feira (13), ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do inquérito que investigava o deputado Júlio Delgado na Operação Lava Jato. Após análise do processo, no qual o deputado se colocou à disposição da Justiça e apresentou todas as informações solicitadas, Janot concluiu que não existem indícios de envolvimento do parlamentar em crime relacionado com a rede de corrupção na Petrobras.
A investigação foi aberta em virtude de doação feita pela empresa UTC ao PSB de Minas Gerais, em 2014. Júlio Delgado confirmou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o PSB estadual recebeu R$ 150 mil da empresa e distribuiu a verba entre candidatos da legenda. Presidente do partido em Minas em 2014, ele demonstrou que nenhum centavo da contribuição da empreiteira foi destinada a sua própria campanha.
Na documentação encaminhada ao STF, os investigadores afirmam que não foram encontrados indícios de que a doação ocorreu dentro de um contexto de pagamento de vantagens indevidas e ressaltaram que Júlio Delgado manteve sua postura combativa na CPI da Petrobras, contrariando os interesses do dono da UTC, Ricardo Pessoa, mesmo após a contribuição para o PSB de Minas.
Combate à corrupção
Júlio Delgado está no quinto mandato seguido como deputado federal por Minas Gerais e tem sua atuação marcada especialmente pelo combate à corrupção na administração pública. Desde sua primeira experiência no Congresso Nacional, o parlamentar é selecionado constantemente entre os melhores deputados do país, em análises feitas por instituições independentes.
Nos últimos anos, Júlio Delgado se destacou por ser um dos parlamentares mais atuantes da atual legislatura no combate à corrupção. Foi adversário de Eduardo Cunha nas últimas eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e se destacou no processo que resultou no afastamento de Cunha de suas funções legislativas.
Assessoria de Comunicação/Deputado Júlio Delgado