O Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí cresceu 6,1% no ano de 2011, em relação a 2010. O dado, resultado de estudo realizado pela Fundação Cepro em parceira com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), foi anunciado na manhã desta sexta-feira (22). O governador do Estado, Wilson Martins (PSB), destacou que o número é 2,5 vezes maior que o crescimento do PIB brasileiro no período e reflete a melhoria de vida da população piauiense.
Entre 2010 e 2011, a soma de todas as riquezas produzidas no Piauí subiu, em números absolutos, de R$22 bilhões para R$24,6 bilhões, segundo o estudo. “Esse é um número bastante animador. O ano de 2011 foi de muitas dificuldades, tivemos efeitos da crise econômica mundial, política de desonerações e uma grave seca. Ainda assim, conseguimos crescer muito além do PIB brasileiro, que teve incremento de 2,7% no período”, analisou o governador.
Wilson Martins ressaltou um importante indicador social apontado pela pesquisa: o PIB per capita no Piauí cresceu de R$7.072 para R$7.835, entre 2010 e 2011. “É um aumento de aproximadamente 11%. Isso mostra que a expansão da riqueza produzida no Piauí chegou à casa de cada piauiense”, avaliou.
Nos últimos quatro anos, o crescimento médio do Piauí também está acima do crescimento do Brasil. O PIB piauiense teve incremento médio de 6,32% ao ano neste período, enquanto o Produto Interno Bruto do país cresceu, em média, 3,92%. A participação do PIB piauiense no indicador nacional subiu de 0,61% em 2010 para 0,62% em 2011.
PIB
O PIB é resultado da soma de todas as riquezas produzidas em uma região durante um determinado período. O cálculo leva em consideração dados referentes a consumo privado, investimentos totais feitos na região, gastos do governo, exportações e importações.
O presidente da Fundação Cepro, Magno Pires, ressaltou o rigor do estudo. “Nossas pesquisas são absolutamente criteriosas. Essa é uma pesquisa que compara os dados dos técnicos do IBGE e da Cepro; não há qualquer risco de haver dados superestimados”, assegurou.
Todos os setores da economia piauiense cresceram
O levantamento realizado pela Fundação Cepro e IBGE mostra ainda que a economia piauiense expandiu, no ano de 2011,em todos os seus setores. O destaque é para a agropecuária, que cresceu 44,2% naquele ano, graças especialmente a uma super safra de grãos na região dos Cerrados.
Apesar desse incremento, a agropecuária tem participação somente de 7,4% no PIB estadual. O setor com maior participação é o de serviços, que representa 74,19% do valor total. Em 2011, o setor teve crescimento de 2,5%.
O setor industrial, também obteve variação positiva entre 2010 e 2011, tendo incremento 6,8%. Segundo o estudo, a participação da indústria no PIB do Piauí em 2011 foi de 18,42%.
Emprego e exportações também tiveram incremento
Além dos números referentes à produção de riquezas do Piauí em 2011, a Fundação Cepro e o IBGE também divulgaram indicadores referentes a exportações e empregabilidade.
Entre 2010 e 2011, o Piauí ampliou suas exportações em 27,22%. A principal pauta de vendas ao exterior foi a soja. Ao todo, a exportação do produto gerou US$147 milhões de dólares para o Piauí. Ainda entre os carros-chefe da venda de produtos piauienses a outros países estão a cera de carnaúba e os produtos químicos.
Já o número de empregos gerados foi de 4.912 no ano de 2011. Como em anos anteriores, a área que mais gerou novos postos de trabalho foi a da construção civil.
“O Piauí vem mantendo um bom ritmo de crescimento. O Governo do Estado tem feito a sua parte ao ampliar os investimentos, especialmente com recursos próprios do Tesouro Estadual. Com a realização de grandes obras em todo o estado, incrementamos a economia, gerando emprego e renda, aquecendo o comércio, os serviços, ampliando a demanda da indústria, por exemplo”, enumerou o governador.