Durante o seu discurso no encontro estadual que reuniu lideranças partidárias e movimentos sociais no último final de semana, em São Luís (MA), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que a maior homenagem do partido a Eduardo Campos é fazer com que a sigla continue crescendo com qualidade. Ele criticou duramente o governo Dilma Rousseff por sequer tentar fazer as reformas necessárias no país e disse que o PSB pretende ser um instrumento de transformação social.
“Nós não queremos o poder pelo poder. Queremos pessoas que vistam a camisa, que levantem a bandeira, que saibam que estarão no Partido Socialista Brasileiro com vitória, com derrota, com facilidade, com dificuldade, em qualquer circunstância. Vocês estarão aqui por uma causa. E causas permanecem”, declarou.
No encontro, foi homenageado o ex-governador de Pernambuco e discutidas as candidaturas às eleições municipais no Estado.
Entre os presentes estiveram o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o senador Roberto Rocha (PSB-MA), o presidente estadual do PSB e prefeito de Timon, Luciano Leitoa, o deputado federal José Rinaldo Tavares (PSB-MA) e o deputado estadual Bira do Pindaré (PSB-MA).
Os segmentos organizados do partido entregaram uma carta a Siqueira em defesa da indicação do deputado estadual Bira do Pindaré à prefeitura de São Luís. A carta foi assinada pelos movimentos Juventude (JSB), Negritude (NSB), Sindicalismo (SSB), Movimento Popular (MPS) e as Mulheres Socialistas Brasileiras (MS).
O presidente do PSB se disse certo que a sigla será vitoriosa nas eleições de 2016 em São Luís e se preparará para 2018 com projeto independente. E, citando diferentes nomes eleitos do partido, declarou que a causa socialista “não tem dono". "A causa socialista é de todos nós, sobretudo daqueles que estão no município, no bairro e que lutam pela organização do partido", disse.
Siqueira falou sobre o desafio de substituir João Mangabeira, Antônio Houaiss, Jamil Haddad, Miguel Arraes e Eduardo Campos.
Para ele, a atual crise que o país enfrenta se revelará a maior dos últimos 30 anos. O socialista criticou a ausência de visão estratégica e a incapacidade do governo de empreender reformas estruturais. “Este governo não tentou, não é que tenha feito. Não tentou uma única mudança estrutural. Não tem reforma política, não tem reforma tributária, não tem reforma do Estado, não tem nada de estrutural".
Siqueira defendeu o valor dos movimentos sociais do partido e a eleição de companheiros e companheiras que tenham compromissos para além de uma visão de uma democracia "meramente liberal".
Disse ainda que o PSB pretende ser um instrumento de transformação social e colocar o país acima dos interesses partidários. “Nós temos que pensar que antes de sermos socialistas, comunistas, ou democratas, nós somos brasileiros. Os partidos não são um fim em si mesmo”, declarou.
Assessoria de Comunicação/PSB