O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, recebeu nesta quinta-feira (24) integrantes da Coordenação Socialista Latino-Americana de Mulheres, Gênero e Igualdade (CSL-MGI), em Brasília.
Participaram do encontro a nova senadora eleita pelo PSB-DF, Leila Barros, a secretária nacional de Mulheres do PSB, Dora Pires, a deputada do Partido Socialista do Equador, Silvia Salgado, e a dirigente do Partido da Revolução Democrática (PRD) do México, Rogelia Gonzalez Luiz, a assessora de relações internacionais do PSB, Yara Gouveia, e o secretário nacional do MPS (Movimento Popular Socialista), Acilino Rbeiro.
Por mais de duas horas, as socialistas relataram a situação política em seus países e manifestaram preocupação com ameaças às liberdades individuais e coletivas, perseguições a lideranças sociais e de partidos de esquerda e medidas autoritárias.
Siqueira disse que é preciso unir forças dos partidos que integram a CSL para enfrentar o fenômeno do conservadorismo na América Latina.
Para ele, o socialismo pode ser uma espécie de vanguarda para a mudança da atual conjuntura, mas os socialistas precisam das demais forças democráticas para ajudar a superar o momento difícil da conjuntura internacional e latino-americano, em particular.
Para Silvia Salgado, a CSL permite provocar o debate político em todos os países da região neste momento.
“As ameaças aos direitos sociais em democracias não têm nacionalidade, são uma questão regional e global”, afirmou. No Equador, por exemplo, partidos de esquerda estão sofrendo intervenções pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Dora Pires disse que é fundamental enfrentar o debate sobre temas relacionados a questão de gênero, como feminicídio e paridade na representação política, que têm sido preocupação permanente dos partidos socialistas latino-americanos.
Rogelia Luiz ressaltou que os problemas são comuns às mulheres nos vários países. “Isso nos une”, afirma a dirigente indígena.
“Temos as mesmas lutas, os meus sonhos de transformar o mundo, donde as mulheres não sejam assassinadas, donde não sejamos discriminadas, donde gozemos de nossos direitos plenos. E que em nenhum país ocorra um só retrocesso. Nos custou muito chegar até aqui”, defendeu a integrante do PRD.
Yara Gouveia, assessora de relações internacionais do PSB, disse que a CSL terá uma agenda de trabalho continental para 2019, executada pelas subsecretarias regionais, parcerias com organismos internacionais e outras iniciativas.
“Estamos colhendo frutos de um trabalho de quatro anos e, agora, com essa unidade continental, vamos esperar que a vontade de lutarmos nos proporcione algumas conquistas e que elas sejam realmente perenes”, afirmou.
Confira fotos do encontro no Flickr:
Assessoria de Imprensa/PSB Nacional