Em menos de um mês, o Alô Mãe – Sala de Monitoramento da Gestante realizou mais de mil ligações telefônicas para gestantes de 74 municípios paraibanos. O objetivo do programa, uma iniciativa do Governo do Estado Paraíba, é acompanhar, por meio de ligações rotineiras, o processo de cuidado no pré-natal de gestantes e crianças no primeiro ano de vida.
O Alô Mãe foi lançado oficialmente no dia 15 de março. De acordo com a coordenadora do programa, Shênia Maria, a receptividade das gestantes tem sido positiva. “Nossa equipe já realizou, ao todo, 1289 ligações para gestantes de todo o Estado e apenas 48 mulheres se recusaram a responder o questionário”, afirmou.
Durante as ligações telefônicas, os técnicos questionam sobre a saúde da gestante e repassam informações sobre o cuidado que se deve tomar no pré-natal. “Geralmente as mães ficam muito felizes com a ligação porque se sentem acolhidas e cuidadas. Nós informamos sobre as vacinas que devem ser tomadas, os exames laboratoriais e clínicos, além de falar sobre a rotina de acompanhamento que ela deve ter nas unidades de saúde”, explica a técnica de enfermagem Marisa do Nascimento Caetano.
De acordo com Marise, muitas gestantes não conhecem todos os exames necessários. “Passamos a informação e ressaltamos que os exames (14 ao todo e mais duas ultrassonografias) que estão na caderneta de saúde da gestante são de extrema importância para a saúde da mãe e do bebê e que a unidade de saúde tem por obrigação fornecer”, explicou.
Flávia da Silva Almeida tem 29 anos, é dona de casa e está em sua segunda gestação – desta vez, de gêmeos. Na primeira, o bebê morreu durante o parto porque estava “laçado” no cordão umbilical. Grávida de dois meninos, Flávia redobrou os cuidados. “Fiquei muito contente em receber as ligações do Alô Mãe. Estou sempre recebendo ligações do Programa, os técnicos me lembram dos dias das próximas consultas e depois questionam sobre como foi, me orientando sobre como proceder para continuar com uma gravidez tranquila”, disse ela.
A equipe vem fazendo uma avaliação qualitativa do que foi levantado de informações por meio dos questionários. “O que observamos, até então, é que ainda existem muitas mulheres com dificuldade de acessar maternidades próximas de suas residências e precisam se deslocar de seus municípios para fazer o pré-natal e até mesmo o parto. Outras trazem relatos de abortos naturais em gestações anteriores e algumas alegam não terem recebido visitas da equipe de Saúde da Família após o parto”, pontuou a coordenadora do programa, Shênia Maria.
Quanto ao cuidado às crianças, são realizadas ligações para acompanhamento das três consultas do primeiro mês de vida, que devem ser realizadas nas Unidades de Saúde da Família. São repassadas, também, orientações sobre a importância da triagem neonatal e do aleitamento materno, além de ser feito o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança até o segundo ano de vida.