A rede pública de ensino do Distrito Federal desenvolve o programa Educação Precoce, que atende bebês recém nascidos e crianças de até 4 anos de idade com necessidades educacionais especiais causadas por síndrome ou atraso neuropsicomotor.
Como parte da grade de educação, o programa é inédito no país, atendendo 2,5 mil estudantes por ano em 19 escolas distribuídas pelas 14 coordenações regionais do DF.
A modalidade promove o desenvolvimento de aspectos físicos, cognitivos, psicoafetivos, sociais e culturais, por meio de atividades físicas e lúdicas, além do acompanhamento educacional.
Considerado uma das prioridades da administração do socialista Rodrigo Rollemberg, o programa busca estimular o desenvolvimento integral, auxiliar em questões necessárias para potencializar as competências de cada uma das crianças e incluí-las na educação regular.
Salas adaptadas com obstáculos, para que as crianças engatinhem e caminhem para pegar objetos, piscina para realização de atividades de autoconhecimento corporal, agrofloresta, onde os alunos aprendem sobre o meio ambiente e o respeito a outros seres vivos, são alguns dos espaços disponíveis nos centros de educação infantil e especial.
A coordenadora da Educação Precoce de um dos centros de educação infantil, Helaine de Fátima, afirma que, muitas vezes, as crianças chegam depois de os pais já terem tentado várias outras formas de desenvolvimento com especialistas (fonoaudiólogos, fisioterapeutas, natação). “A criança chega esgotada. Aqui, o nosso processo é mais demorado, mas a metodologia é lúdica. O estímulo vem junto com a brincadeira”, explica.
A professora esclarece que, quando a criança chega pela primeira vez à escola, o primeiro passo é fazer um diagnóstico. Em seguida, os monitores fazem experimentações para saber até aonde o aluno consegue chegar e do que ele mais precisa. Por último, começa a fase de desenvolvimento, focada nas especificidades da criança, sejam elas motoras ou cognitivas.
Os responsáveis se envolvem em grande parte das atividades e é necessário que eles permaneçam na escola durante todo o período das aulas. Isto porque a presença deles pode ser solicitada em alguma etapa do processo de desenvolvimento.
Até os 6 meses, o bebê tem duas aulas por semana: uma com um pedagogo e outra com um professor de educação física. Após essa idade, essa quantidade dobra para dois encontros semanais com cada profissional. Aos dois anos, quando estão mais independentes, os alunos passam a integrar grupos e os encontros ocorrem de duas a três vezes por semana, com horários variados.
A matrícula pode ser feita durante todo o ano, a depender das vagas disponíveis. Para isso, os responsáveis precisam procurar uma regional de ensino com a documentação necessária e atestado médico. Após isso, o aluno será encaminhado a um centro de ensino especial que oferece o programa.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações da Agência Brasília