O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, destacou durante a reunião da Executiva Nacional, nesta quinta-feira (17), a eleição do PSB na direção da Aliança Progressista Global (AP), entidade que reúne partidos e fundações socialistas e social-democratas em todo o planeta. O partido será representado pelo secretário de Relações Internacionais, professor Paulo Bracarense e pela deputada federal Tabata Amaral. É a primeira vez que os socialistas do PSB fazem parte do grupo dirigente da organização.
Siqueira ressaltou que a escolha de participar de forma ativa da Aliança Progressista coloca os socialistas em uma posição importante no cenário internacional, diferenciando o partido de outras siglas de esquerda. Ele também relembrou a decisão do PSB de deixar o Foro de São Paulo, uma organização com a qual o partido não compartilhava total afinidade ideológica.
Segundo Siqueira, essa decisão foi polêmica, mas acertada, e colocou o partido em consonância com outros do campo socialista e de esquerda democrática de outras partes do mundo. “Fizemos uma decisão correta, com muita polêmica, com muita discussão. E isso nos colocou também numa posição na relação internacional, em consonância com os partidos socialistas que nós temos identidade, ou seja, com partidos que têm coincidência com um tipo de sociedade justa e democrática”, afirmou.
Durante a reunião, o presidente enfatizou ainda o papel do PSB na defesa da democracia e na reafirmação de suas posições políticas. Para Siqueira, a identidade política é um traço fundamental desde a fundação do partido e deve ser constantemente resgatada. “Devemos assumir corajosamente as nossas posições, porque é isso que vai nos diferenciar “, afirmou.
“Além de toda a parte prática, da atuação dos nossos bons administradores, nós somos, antes de qualquer coisa, políticos e temos posições políticas. Desde o nosso nascimento, nós temos esse discurso que devemos resgatar permanentemente para fazer a nossa diferenciação. A nossa diferença é sobretudo política”, reiterou.
Siqueira disse também que o partido deve se conectar com a população a partir de uma perspectiva política clara e coerente com suas ideias, que precisam ser assumidas por todas as suas lideranças. “A extrema-direita politizou as eleições. Ela ideologizou as eleições. Então, nós temos posições que precisam ser assumidas para que a população saiba que é uma escolha”, disse.
Para o presidente do PSB, essa postura não deve ser vista como uma responsabilidade exclusiva do presidente partidário ou de um parlamentar, mas sim como um compromisso compartilhado.
“Nós queremos falar do ponto de vista das ideias políticas. Então, nós temos que fazer as nossas escolhas. E a nossa escolha depende de todos aqueles que têm liderança. Ou seja, que governadores, deputados, senadores, prefeitos e dirigentes possam assumir esse discurso como discurso do partido. Não é uma coisa individual do seu presidente ou de um parlamentar eventualmente. Mas é algo de todos, porque isso é quase parte da natureza e da índole do nosso partido”, finalizou.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional