O PSB manteve posição contrária à proposta de reforma da Previdência na votação final da matéria no Congresso Nacional.
Cumprindo a orientação do partido, que fechou questão contra a proposta, os socialistas Leila Barros (DF) e Veneziano Vital do Rêgo (PB) reiteraram voto contra o texto aprovado em segundo turno na noite desta terça-feira (22) no Senado Federal.
Na resolução do Diretório Nacional, em julho, o PSB considerou a proposta “cruel aos mais pobres e à classe média” e benevolente aos mais ricos.
Ao proferir seu voto, Leila criticou as isenções fiscais concedidas pelo governo federal a empresas. Por outro lado, o trabalhador que recebe até três salários mínimos vai arcar com a maior parte da economia pretendida com as mudanças.
“O país está dando isenções altas, de R$ 300 bi, e eu pergunto se essas isenções estão sendo revertidas para a geração de empregos Sabemos que os mais penalizados são aqueles que não podem fazer lobby, que não podem dialogar com esta Casa. Não vemos as isenções serem revertidas para ajudar quem mais precisa, que são os desempregados desse país”, criticou Leila.
Para a senadora, a população não conhece o teor da proposta, que obriga os trabalhadores a contribuírem mais. No entanto, eles vão receber menos e terão menos cobertura social.
“Me preocupo com as pessoas que muitas vezes não sabem o teor dessa reforma. Esse não é um discurso populista, mas de uma representante de um partido que, por mais que seja oposição ao governo, estaria promovendo o diálogo e procurando entender essa reforma, e estaria sim ao lado daquilo que ela acha correto”, defendeu.
“Quem vai pagar essa conta vão ser aqueles que hoje já sofrem. A grande parte da nossa população, aqueles que são assalariados, aqueles que são desprovidos de acessos, são esses que mais uma vez estarão sendo chamados a custear a reforma”, afirmou Veneziano.
“Mais de 80% da população brasileira vão arcar com essa reforma, e não aqueles que mais poderiam ter essa participação”, completou o senador.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional