
Foto: PSB-CE
Lideranças partidárias e sindicais, prefeitos, vereadores e deputados estaduais e federais do PSB debateram a proposta de reforma da Previdência, em um seminário na sexta-feira (26), na Assembleia Legislativa do Ceará, em Fortaleza.
Os socialistas reiteraram o posicionamento da direção nacional do partido, que fechou questão contra a proposta do presidente Jair Bolsonaro. Para os socialistas, o texto fere Constituição de 1988 e ataca os mais pobres do país.
“A reforma da Previdência do jeito que está apresentada pelo Governo é muito cruel com o povo, com o nordestino e com quem mais precisa de um Estado justo e eficiente”, afirmou o deputado federal João Campos (PE), convidado para o evento pelo presidente estadual do PSB-CE, Odorico Monteiro.
Os socialistas destacaram como pontos mais graves na proposta o regime de capitalização, a desconstitucionalização das despesas previdenciárias, a mudança na aposentadoria rural no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e nas regras de transição nos regimes Geral e Próprio.
Campos apontou mais de vinte inconstitucionalidades no texto e informou que o partido deve indicar, na próxima semana, o nome dos seis deputados socialistas (três titulares e três suplentes) que irão compor a Comissão Especial criada para debater o tema.
“Concordo que a gente deve construir uma melhoria do sistema previdenciário, até para corrigir privilégios que existem. O que não pode é o povo pobre pagar essa conta”, criticou Campos.
O deputado federal Denis Bezerra afirmou que, diferente do que defende o governo, a proposta não combate privilégios e irá penalizar as pessoas que ganham até R$ 5.800.
Bezerra acusou o governo de “manobrar a população” com publicações nas redes sociais e criticou a decisão do governo de manter sigilo sobre os cálculos da reforma, expostos somente na quinta-feira (25), após aprovação na CCJ.
“Como a gente pode analisar esses dados se o Governo decreta sigilo?”, questionou o deputado.