Afetado pela crise ocorrida nos EUA, Ásia e União Europeia, o ciclo de crescimento econômico do Brasil estagnou em 2011, o que coincidiu com o início do governo da presidente Dilma Rousseff. Anteriormente, o PIB crescia de 4% por ano, em média, e chegou ao pico de 7,5%,em 2010.
De acordo com a Organização para Cooperação Econômica (OCDE), em 2012, o PIB brasileiro deve ficar em torno de 1%, bem abaixo da média mundial de 2,9%. A OCDE alerta para a baixa taxa de investimentos do Governo brasileiro, o que desacelera a formação bruta de capital fixo (FBCF) e impede a retomada do crescimento.
Iniciativas voltadas a retomar os patamares de crescimento observados anteriormente, por meio dos incentivos à indústria de bens e serviços, têm esbarrado em grave problema: a geração de energia elétrica. A crise energética vivida no Brasil entre 1º de julho de 2001 e 27 de setembro de 2002, ainda presente na memória de milhões de brasileiros, tem mostrado que ainda está viva. E para evita-la, investimentos não podem ser poupados.
O líder do PSB na Câmara, deputado federal Beto Albuquerque (RS), defende a discussão sobre o assunto para alavancar a retomada do crescimento econômico.
De acordo com o parlamentar, a crise energética é assunto primordial quando se fala em desenvolvimento. “O Brasil enfrenta importantes dúvidas sobre sua capacidade de gerar e transmitir energia suficiente para a almejada expansão econômica.”
Para reencontrar o crescimento econômico é preciso combater os problemas estruturais da ameaça de apagão que rondou o início de 2013, é o que acredita o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.
Ele lembra as crises de fornecimento de energia elétrica ocorridas em 2000, 2001 e 2008. “Como explicar os reincidentes cortes de energia se o Brasil tem um dos mais ricos conjuntos de fontes energéticas do mundo, constituído pelas alternativas hidráulica, nuclear, petrolífera, eólica, solar e, até, do carvão, além do etanol e da biomassa”, questiona.
A alternativa para sanar esse problema seria o crescimento das diversificações de produção de energia de forma equilibrada. “Essa diversificação é exigida por um cotidiano pontuado por apagões e imposta pelas crescentes dificuldades que atrasam o sistema hidrelétrico brasileiro”, afirma Amaral.
O socialista diz que ninguém está satisfeito com os índices recentes do nosso crescimento econômico e, mais uma vez, coloca o fornecimento de energia como grande problema. “Não podemos pensar em retomada do crescimento, e muito menos planejá-lo, sem prévio aumento da oferta de eletricidade.”