O líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF) leu em Plenário, na quarta-feira (18/09), carta do presidente do partido, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sobre a decisão de entregar todos os cargos ocupados no governo federal. O senador afirmou que assim o PSB pode ficar "mais à vontade" para tomar as suas decisões, entre elas a de lançar candidato próprio à presidência da República.
Rollemberg lembrou o trabalho em conjunto com o PT desde 1989, para a construção da Frente Brasil Popular. Disse que o PSB foi o primeiro partido a apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de cujo governo participou, bem como apoiou a administração da presidente Dilma Rousseff.
O parlamentar acrescentou que seu partido elegeu seis governadores no país, alcançou o maior número de prefeitos de capitais e de prefeitos reeleitos, além de contar com um representante que "legitimamente pleiteia o lançamento de uma candidatura a presidente da República".
"Temos um nome que reúne todas as condições para isso: Eduardo Campos. Foi ministro da Ciência e Tecnologia, conquistou o reconhecimento de toda a comunidade científica, de todo o setor produtivo. É reconhecida sua capacidade de diálogo como líder na Câmara dos Deputados, e sua capacidade de gestão como governador melhor avaliado do Brasil", disse.
Para o senador, a "simples possibilidade" de o PSB ter uma candidatura própria à Presidência da República passou a provocar constrangimentos, com a pressão de setores do governo e partidos aliados. Por isso, acrescentou Rollemberg, a decisão de deixar o governo deixa todos "mais à vontade".
"Não aceitamos qualquer tipo de pressão. [A decisão] Deixará mais à vontade a presidente Dilma e nós continuaremos a votar aqui como sempre votamos, a favor do interesse nacional", afirmou.
O senador concluiu o discurso agradecendo pelo trabalho dos ministros da Integração Social, Fernando Bezerra Coelho e da Secretaria Especial dos Portos, Leônidas Cristino, que deixarão as pastas.