Após mais de 40 anos de conflitos entre órgãos ambientais, população local e mineradoras, começa a surgir um consenso para a definição dos limites do Parque Nacional da Serra da Canastra, no centro-sul de Minas Gerais. O parque pode passar a ter 150 mil hectares e outros 50 mil seriam transformados em monumentos naturais, em vez de áreas de proteção ambiental (APA). A sugestão foi apresentada na terça-feira (1º) pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), durante audiência sobre o assunto.
O senador é relator na CMA de dois projetos sobre o tema (PLC 147/10 e PLC 148/10). Ele apresentou minuta de substitutivo com a sugestão de limitar a área do parque, entre outras medidas.
Para o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello, a transformação de área em monumento natural pode resolver o conflito. Ele destacou que o órgão já havia proposto excluir do parque as parcelas em que há interesse de mineração, vilas e fazendas. Segundo Mello, a necessidade de preservar se dá em razão de ali estarem localizadas nascentes de rios importantes, como o São Francisco e o Paraná-Paraguai.