O senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) faz parte da delegação de parlamentares que representará o Senado na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. E também da Comissão Nacional para a Rio+20, instituída pela presidente Dilma Rousseff para organizar os preparativos e debater as propostas do Brasil para a conferência.
O parlamentar preside a Comissão de Meio Ambiente do Senado, que realizou uma série de audiências públicas para discutir a Rio+20 sob vários aspectos. “Precisamos buscar metas práticas de desenvolvimento sustentável, com prazos e compromissos claros”, defende Rollemberg. O senador acredita que a Rio+20 vai promover a mobilização da sociedade civil, além de uma consciência mundial cada vez maior em relação ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. “Também será uma oportunidade de reavaliarmos os modos de produção e de consumo”, resume.
Rollemberg acredita que o Brasil terá cada vez mais destaque no cenário internacional. “Nosso desafio é crescer aliando preservação ambiental, erradicação da pobreza e redução das desigualdades sociais, e o Brasil tem conseguido conciliar todos esses fatores”, destaca Rollemberg. “Acredito que o País precisa ter uma posição de liderança no cenário internacional e participar da interlocução entre as nações em desenvolvimento e as desenvolvidas, para conciliar os interesses diversos que dificultam um entendimento global em torno das questões ambientais”, detalha o parlamentar.
Muitas metas traçadas durante a Rio´92 deixaram de ser alcançadas pela falta de atuação e de participação dos Poderes Legislativos de cada um dos países participantes. Para suprir esta lacuna, a Globe International, organização que reúne parlamentares de todo o mundo comprometidos com a preservação do meio ambiente, realizará entre os dias 15 e 17 de junho a 1ª Cúpula Mundial dos Legisladores, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.
O encontro reunirá parlamentares do mundo inteiro. A cúpula terá três grandes objetivos. O primeiro deles é estabelecer um mecanismo para monitorar e controlar os trabalhos dos governos em relação ao que for assumido durante a Rio+20. O segundo é reconhecer e destacar o papel dos parlamentares na elaboração e aprovação de leis e de orçamentos. E o terceiro é conceituar nas economias nacionais o uso do capital natural, relacionado à biodiversidade de cada país.
A idéia é que, após o encontro, os legisladores se comprometam com os objetivos da Rio+20 e elaborem um protocolo de intenções em defesa do desenvolvimento sustentável. “Faremos ainda um grande intercâmbio de idéias sobre as melhores práticas legislativas relacionadas aos temas discutidos na Rio+20”, prevê Rollemberg.
O senador, que é vice-presidente da Globe no Brasil, lerá o documento inicial da Cúpula dos Legisladores logo após a abertura do evento, no dia 15 de junho. Nos dias 16 e 17, ele será o negociador do Brasil em todas as reuniões bilaterais. E no último dia de encontro apresentará o documento final da 1ª Cúpula Mundial dos Legisladores.