A líder do PSB, deputada federal Sandra Rosado (RN), criticou nesta terça-feira (5) a Medida Provisória 568/12. A proposição do Executivo aumenta os salários de 937 mil servidores federais a partir de 1º de julho, mas também altera a carga horária dos médicos que trabalham em hospitais públicos federais de 20 para 40 horas semanais – segundo a categoria, isso representaria diminuição do salário em 50%. A parlamentar participava de audiência pública para discutir a MP.
Depois de conversar com representantes da categoria, Sandra Rosado declarou que a Câmara dos Deputados não pode aprovar uma medida que reduzirá o salário dos médicos que trabalham nos hospitais públicos federais. “Acredito que o Governo irá se sensibilizar com as manifestações, não podemos aprovar um texto que traz ganho para alguns profissionais e reduz o salário de outros”, defendeu.
Durante a audiência, o presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, Geilson de Oliveira, criticou o fato de os servidores terem virado “a grande chaga” do Brasil. "A MP deixou toda categoria médica de cabelo em pé. Em nome desse superavit, recursos são reduzidos. Muito arrocho salarial em cima do servidor público", disse.