
Governo de Pernambuco e prefeitura de Belo Horizonte apresentaram ações durante o evento. Foto: COP22
Representantes socialistas participaram da 22º Conferência Mundial Sobre o Clima (COP 22), que se encerrou na última sexta-feira (18) em Marrakech, no Marrocos, com a assinatura da Proclamação de Marrakech.
O documento lista uma série de ações prioritárias dos países signatários para a contenção do aquecimento global. A COP 22 teve como meta estabelecer uma agenda de fiscalização, transparência e adaptação do Acordo de Paris.
Em vigor desde o último dia 4, o Acordo de Paris visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa no planeta para limitar a elevação da temperatura da terra em, no máximo 2ºC, até 2050.
Integrante da delegação brasileira na conferência, o senador Fernando Bezerra Coelho (PE), relator da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC), afirmou que o Brasil assumiu posição de liderança e destaque nas negociações realizadas durante a COP-22.
O lançamento da Plataforma Biofuturo foi uma das contribuições do governo brasileiro na conferência. A iniciativa busca promover a cooperação internacional em prol do desenvolvimento e uso de biocombustíveis com o objetivo de reduzir o volume de emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global.
“Com o lançamento da Plataforma Biofuturo, demos um grande passo no sentido de sensibilizar o mundo (sobre os biocombustíveis) e transformar o etanol, por exemplo, numa verdadeira commodity (bem produzido em massa e direcionado ao comércio exterior), com o apoio de países como os Estados Unidos, a França, a China e a Índia”, afirmou Bezerra Coelho.
Presidente da Comissão de Meio Ambiente na Câmara dos Deputados, Luiz Lauro Filho (PSB-SP), também participou dos debates da COP-22 junto com demais parlamentares, embaixadores, secretários de Estado e representantes de entidades.
Segundo o socialista, “há evidências científicas cada vez maiores de que as mudanças recentes não são variações naturais e estão relacionadas com as atividades humanas”, declarou.
Alinhado aos objetivos globais de combate às mudanças climáticas, o Governo de Pernambuco, representado pelo secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Xavier, apresentou durante a conferência, um programa desenvolvido pelo governo pernambucano para transformar Fernando de Noronha no primeiro território de carbono neutro do Brasil.
O objetivo da iniciativa é atrair empresas que desenvolvam produtos e serviços inovadores alinhados com a economia de baixo carbono nas áreas de mobilidade, energia, resíduos, água, gestão sistêmica, educação, solo, arquitetura e urbanismo. A ideia é transformar a Ilha de Fernando de Noronha em modelo de gestão sustentável e novos negócios colaborativos, interconectados e com baixa emissão de carbono.
O projeto também será ampliado para o Recife e municípios do semiárido, região que mais sofrerá impactos com o aquecimento global. “Estamos formulando arranjos inovadores que sirvam de modelo de desenvolvimento sustentável para Fernando de Noronha, mas que possam ser replicados em outros lugares e em larga escala, considerando os desafios globais de reduzir as emissões de gases que poluem nossa atmosfera e provocam as mudanças climáticas”, destacou o secretário Sérgio Xavier.
Já o prefeito Márcio Lacerda apresentou a experiência de Belo Horizonte no enfrentamento às mudanças climáticas durante a “Cúpula para Líderes Locais e Regionais: Financiamento da Transição Sustentável dos Territórios”, evento paralelo à COP 22.
O socialista destacou a adoção de soluções como as parcerias público-privadas, que possibilitaram a construção de escolas infantis e a melhoria da estrutura de atendimento à saúde na cidade.
O município possui o Plano Municipal de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa que prevê ações de curto, médio e longo prazo para redução da emissão de gases de efeito estufa em Belo Horizonte.
A cidade é a primeira da América Latina a implementar a Avaliação Rápida de Energia na Cidade (Trace) para identificar os setores com baixo desempenho e oportunidades para a economia de melhor eficiência energética, por exemplo.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional