O líder do PSB na Câmara e candidato a vice-presidente da República, Beto Albuquerque (RS), participou, nesta terça-feira (2), em Brasília, da inauguração do Comitê Eduardo Campos – Não vamos desistir do Brasil.
O nome é em homenagem ao ex-governador de Pernambuco e postulante ao Palácio do Planalto, que faleceu em um trágico acidente aéreo em Santos, no dia 13 de agosto. Na véspera da tragédia, Eduardo imortalizou a frase “Não vamos desistir do Brasil” que traduz seu espírito de luta pela democracia e pelo povo brasileiro.
Antes da chegada do deputado federal Beto Albuquerque (RS), e apesar da euforia da inauguração do espaço, ainda era possível notar o sentimento de perda de Eduardo Campos nas conversas entre os militantes e candidatos durante o evento. Mas bastou Beto lembrar a trajetória política de Eduardo para todos reencontrarem a motivação para defenderem o ideal e o legado do pernambucano na campanha. “Vamos trazer a mensagem de mudança desse País, que o nosso companheiro Eduardo Campos tanto lutou e se dedicou para que pudéssemos viver esse momento”, declarou sob aplausos e palavras de ordem.
“Ainda vivemos o luto da perda de nossa liderança, mas o momento não nos permite viver a dor, pois precisamos dar continuidade ao legado de Eduardo Campos”, emendou o candidato brasiliense à Câmara Federal Igor Tokarski. Para Igor, a luta de Eduardo por um País melhor precisa continuar e o “comitê será importante para o convívio democrático e o ponto de partida para a militância ir para as ruas”.
Beto Albuquerque conviveu mais de 20 anos com Eduardo. Nesse período, afirmou, aprendeu com o ex-presidente nacional do PSB a não deixar nada pela metade. E é com essa filosofia, segundo ele, que seguirão em frente. “Nós vamos honrar Eduardo Campos, não podemos deixar sua trajetória pela metade. Vamos juntos com Marina iniciar uma nova caminhada, um novo ciclo político, econômico e de justiça no nosso País”, destacou.
O líder socialista também reafirmou compromissos com diversos setores da sociedade brasileira, como a juventude, mulheres, negros, trabalhadores, agricultores, pessoas com deficiência, idosos e aposentados. Para ele, toda a pátria espera respostas mais concretas sobre o seus problemas.
Além disso, o candidato defendeu um governo que tenha capacidade de dialogar olhando nos olhos das pessoas, que invista em educação, segurança, saúde pública e amplie o atendimento aos mais necessitados.
De acordo com a deputada federal Keiko Ota (SP), Beto Albuquerque é nome que melhor representa Eduardo Campos no partido, além de um político capaz e com qualidades necessárias para desempenhar esse papel. “Beto vai ser a voz do Eduardo. Ele sabe mediar e se inteirar do assunto e nos dá confiança de que podemos mudar o Brasil”, afirmou.
O deputado federal pernambucano Gonzaga Patriota elogiou o comitê de campanha e destacou a importância da participação popular em um possível governo socialista. “É um belo espaço onde se dará a coordenação e a organização da campanha, mas a militância precisa ir às ruas para levar a mensagem de Eduardo Campos e, sobretudo, colher diretamente do povo seus anseios e necessidades”.
Para a atriz Maria Paula, que compareceu à inauguração do comitê, o PSB está no rumo certo para transformar o País. “Marina e Beto vão inaugurar um novo ciclo político no Brasil e vão ditar ao mundo o que deve ser feito em todos os aspectos, sobretudo em relação ao meio ambiente. Marina tem a consciência de como devemos tratar o planeta”.
O evento contou com a presença de diversos militantes, de candidatos e de outros parlamentares da bancada socialista como os deputados José Stédile (RS), Júlio Delgado (MG) e Paulo Foletto (ES).
Economia
Em conversa com os jornalistas após o evento de lançamento, Beto reconheceu que é preciso ter uma receita que faça o País voltar a crescer, que permita ao mercado acreditar na economia e ao empresariado ter certeza que não ficarão vulneráveis e não conviverão com instabilidades.
A economia, de acordo com Albuquerque, precisa ser tratada de forma séria. E, para isso, uma das propostas de governo é criar o Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal e cobrá-lo resultados efetivos, o que ainda não aconteceu em outros governos. O papel desse conselho seria opinar em decisões tomadas pelo governo. “Seria um espaço para arbitrar as decisões sobre aumentar os juros, desonerar financiamentos, beneficiar um ou dois setores ou fazer investimento em escola integral”, explicou.