O movimento sindical do Partido Socialista Brasileiro – Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB) – participou nesta quarta-feira (17), junto com as seis maiores centrais sindicais do País, da manifestação realizada em São Paulo contra as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que alteram regras para benefícios sociais como pensão por morte, auxílio-doença e seguro desemprego, entre outros pontos. O ato foi marcado como o Dia Nacional de Luta em Defesa do Direito dos Trabalhadores e do Emprego.
Para o secretário Nacional da SSB, Joílson Cardoso, esta é uma mobilização nacional contra a política econômica atual do governo federal e os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobrás. “Nós da SSB somos a favor da apuração e punição de todos os responsáveis do esquema que desviou recursos da Petrobrás”, reiterou Cardoso ao lado do ex-deputado federal Vicente Selistre (PSB-RS).
O socialista Joílson Cardoso destacou ainda que as medidas provisórias prejudicam os trabalhadores. “As medidas anunciadas e defendidas pelo Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, se confirmadas, é uma quebra do Pacto trabalhista assinado por todos os candidatos na eleição de 2014. Ao quebrar o Pacto Trabalhista, o Governo terá que assumir as consequências de uma relação de oposição das Centrais Sindicais”.
O protesto desta quarta-feira aconteceu dois dias depois de a presidente Dilma Rousseff ter garantido que “não se mexe nos direitos dos trabalhadores”. Segundo Joílson Cardoso, a categoria não concorda com as medidas provisórias nem com a forma como foram anunciadas pelo governo no dia 30 de novembro. O pacote anunciado, na análise das centrais sindicais, restringe a produção, o crédito e aumenta os juros, além de prejudicar a aposentadoria e o seguro-desemprego. “Continuarei defendendo o que sempre defendi como conselheiro dos trabalhadores: o abono salarial como distribuição de renda para quem ganha até 2 salários mínimos; defesa do seguro desemprego combinado com qualificação, intermediação e combate à alta rotatividade do mercado de trabalho no Brasil”, garantiu o dirigente do Sindicalismo Socialista Brasileiro.
O líder socialista Beto Albuquerque (PSB-RS) se solidarizou com os movimentos sindicais. “Não vamos às ruas somente pelas questões trabalhistas que estão sendo alteradas em desfavor dos trabalhadores, mas também contra o aumento dos juros, da luz, dos combustíveis, dos juros da casa própria e da carga tributária. E mais importante, contra a corrupção e pela punição de todos que envolveram neste escândalo da Petrobrás.”