A corrente do Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB), movimento sindical do Partido Socialista Brasileiro (PSB), estará na linha de frente da marcha que seis Centrais Sindicais – CUT, CGTB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT – farão a Brasília no próximo dia 06 de março, em defesa da cidadania, do desenvolvimento e da valorização do trabalho. “Vamos, junto com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que reúne os socialistas e comunistas, reapresentar à Presidenta Dilma as plataformas de luta consolidadas em junho de 2010, no documento construído durante o encontro histórico das centrais no estádio Pacaembu, em São Paulo”, anunciou o secretário Nacional Sindical do PSB, Joilson Cardoso. Segundo ele, o objetivo é reunir em torno de 40 mil trabalhadores de todo país nessa marcha.
Após a reunião de seus dirigentes, nesta quarta-feira (23), em São Paulo, as Centrais decidiram somar forças para mobilizar essas dezenas de milhares de trabalhadores até a Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). Joilson Cardoso informou que, no encontro, as Centrais reiteraram a importância de o sindicalismo brasileiro estar unificado neste momento, que é de retomada do seu protagonismo e do exercício de pressão sobre o Governo e o Congresso. “Especialmente pela retomada do investimento público e em defesa da indústria nacional, fortalecendo o mercado interno e garantindo contrapartidas sociais”, complementou ele.
Dentre as principais bandeiras de luta que as centrais levarão a Brasília nessa marcha estão o fim do Fator Previdenciário, a redução da jornada de trabalho, a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Saúde e 10% para a Educação, o destravamento do processo de Reforma Agrária e a implantação de uma política de valorização dos salários dos aposentados. “Também seguiremos defendendo nossas bandeiras para a macroeconomia, como a redução dos juros e o compromisso com um impacto social positivo desse conjunto de medidas”, disse o secretário Nacional da SSB.
Ele reforça a avaliação do presidente da CTB, Wagner Gomes, de que é necessário exigir que o governo apresse o passo na luta contra a crise, para o que são necessárias mudanças na política macroeconômica atual. “Ela tem se revelado um grave obstáculo à valorização do trabalho”, avaliou. “É hora do país iniciar um novo rumo, em direção a um projeto de desenvolvimento duradouro, que privilegie a produção e a geração de empregos, e não a especulação”.