O secetário nacional de Segurança Pública Tadeu Alencar (PSB-PE) divulgou, nesta quarta-feira (22), o balanço parcial da Operação Átria, que aponta mais de 4 mil presos por violência contra as mulheres. Até o momento, 45 mil vítimas foram socorridas. As polícias Civil e Militar de 26 estados e o Distrito Federal fizeram diligências em 2.911 cidades, o que representa mais da metade do território brasileiro.
Os principais crimes apurados são feminicídio (tentado ou consumado), lesão corporal, descumprimento de medida protetiva, injúria, ameaça, difamação, estupro, sequestro e cárcere privado e perseguição (stalking).
“Os indicadores nos obrigam a ter, na política pública de segurança do país, uma centralidade no enfrentamento da violência contra a mulher e nós vamos investir cada vez mais nestas operações integradas”, afirmou Tadeu Alencar.
Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e articulada com as secretarias estaduais de segurança, a operação vai até o fim de março.
Para possibilitar ações em cidades sem equipe própria, o Ministério da Justiça e Segurança Pública investiu mais de R$ 1 milhão no pagamento de diárias a policiais.
Deflagrada em 27 de fevereiro, a Operação executou, até o momento, 4.587 prisões – 66% delas em flagrante. O número de vítimas atendidas chegou a 45.216, e o de medidas protetivas solicitadas, a 21.632. Também foram instaurados quase 23 mil inquéritos e concluídos quase 19 mil.
Foram apreendidas ainda 30 armas de fogo, 350 armas brancas e 6.501 munições.
Reativado no governo Lula, o Disque 180 é um serviço gratuito e disponível 24 horas por dia para atendimento a denúncias de violência contra a mulher. Os números 197 (Polícia Civil) e 190 (Polícia Militar) também são disponibilizados às vítimas.