Autoridades e representantes de três capitais brasileiras discutiram, nesta terça-feira (7), na Comissão de Turismo e Desporto (CTD), ideias e projetos para os eventos futebolísticos. Com o tema “Planos e Programas da Secretaria Especial da Copa (Secopa)”, Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG) mostraram como estão os preparativos para receber a Copa das Confederações, neste ano, e a Copa do Mundo de 2014.
O Secretário Municipal Extraordinário da Copa 2014 de Fortaleza, deputado Domingos Neto (PSB), acredita que esta reunião deu oportunidade de contar com outras experiências em prol do crescimento. “Tenho certeza de que reuniões como essa, promovidas pelo presidente da CTD – deputado Romário (PSB-RJ) – vão ajudar nosso País a construir o legado que todos nós desejamos”, disse. Ele lembrou ainda que a capital cearense vai ampliar confortos sociais como a mobilidade e que a infraestrutura para a Copa das Confederações estará finalizada até o fim do mês. “Tenho certeza de que seremos uma das melhores cidades-sedes.”
O chefe de gabinete da Secopa/BA, Jorge Wilton Pereira de Jesus, também apontou a mobilidade como um dos objetivos para atender ao povo baiano e aos turistas durantes as duas copas. O gerente do Programa Copa do Mundo de 2014 em Minas, Mário Queiroz Guimarães Neto, falou que o estádio Mineirão já está pronto. "Testamos e aprovamos o estádio desde o ano passado. Já tivemos partidas de futebol pelo Estadual e pela Copa do Brasil, além de shows para grandes públicos”.
O presidente da CTD, deputado Romário, também ouviu questões relacionadas à acessibilidade aos estádios e não poupou críticas. “Ainda falta concluir muita coisa no sentido de auxiliar as pessoas com deficiência. Na minha opinião, isso é lamentável e demonstra que os engenheiros e arquitetos desses estádios não são especialistas nessa área”, disse o parlamentar.
Deficientes enfrentam barreiras
A CTD promoveu, na manhã desta terça, reunião para discutir acessibilidade e o direito ao lazer. O Ministério do Turismo já detectou o potencial desse segmento com o Programa Turismo Acessível, e prevê investimentos de R$ 84 milhões. Atualmente, apenas 1,5% dos quartos de hotéis são acessíveis para deficientes nas 12 cidades-sede da Copa. A meta é elevar esse índice para 5%, até 2014.
Os debatedores citaram outros problemas de acessibilidade aos grandes eventos: aeroportos sem ambulift, equipamento usado no embarque e desembarque de cadeirantes; banheiros de hotel com portas-toalha muito elevados ou portas de entrada estreitas, por onde não passa uma cadeira de rodas; hotéis sem espaço para cão-guia; camareiras que mudam de lugar os objetos pessoais arrumados pelos cegos; novo Maracanã só com 141 lugares para pessoas com deficiência, ignorando a recomendação do Comite Paralímpico de, pelo menos, 1% das vagas.
O coordenador geral de segmentação do ministério, Wilken Oliveira, anunciou duas grandes campanhas promocionais, a partir de agosto. "Uma será para o turista, para que ele possa cobrar e ter ciência de seus direitos, e outra focada nos meios de hospedagem nas cidades-sede, em que vamos divulgar as linhas de crédito existentes", explica Wilken.
Com agências