O deputado federal Heitor Schuch (PSB-RS) mostrou preocupação com a utilização de agrotóxicos no Brasil. Em discurso na tribuna do Plenário Ulysses Guimarães, na última quinta-feira (9), o parlamentar afirmou que o fato tem trazido sérias consequências, tanto para o meio ambiente como para a saúde do trabalhador rural. “Isso se dá devido à alta toxidade dos produtos, uso inadequado e falta de equipamentos de proteção coletiva e individual”, destacou o socialista.
A situação se agrava ainda mais, segundo Shcuh, pelas condições socioeconômicas e culturais precárias da grande maioria dos trabalhadores rurais, o que o torna vulnerável frente aos agrotóxicos. “O Brasil é o maior consumidor de produtos agrotóxicos do mundo e as regiões brasileiras que apresentam maior consumo e comercialização de venenos agrícolas são a Sudeste – cerca de 38% – Sul – 31% – sendo que o Estado do Rio Grande do Sul apresentam um índice de 12%, e Centro Oeste – 23%. Na região Norte o consumo é muito pequeno, pouco mais de 1% e a região Nordeste – 6% – principalmente em áreas irrigadas”, relatou.
As grandes quantidades de agrotóxicos usados em algumas culturas merecem mais atenção, não pela intensidade de aplicações e sim pelas suas extensas áreas. "Isso não significa que áreas pouco extensas não merecem atenção, pois se destacam pelo intensivo uso de agrotóxicos em algumas determinadas culturas como o tomate e o morango", lembrou.
Medidas preventivas – Heitor Schuh salientou que o Ministério Público Federal pressionou a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no banimento de dois ingredientes ativos, o forato e parationa metílica, que são inseticidas que afetam o sistema nervoso de qualquer organismo vivo a ele exposto.
“Agrotóxico é motivo de despesa, de aumento dos custos de produção, sem falar no perigo de exposição ao produto. Agricultor nenhum gosta de manusear agrotóxico, e, todos reiteradas vezes nos cobram e questionam se não hátecnologias que diminua deste produto”, completou Schuch.
Ao fim do discurso, o socialista propôs que a Embrapa, empresa excelência em pesquisa agropecuária, renomeada nacional e internacionalmente, “precisa reforçar o trabalho nesta área”.