O secretário de Educação e vice-governador do Sergipe, Zezinho Sobral (PSB), foi eleito presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), entidade que reúne os titulares das pastas estaduais de educação. Na nova função, Sobral afirma que as redes de ensino estaduais e municipais precisam de maior apoio do Ministério da Educação (MEC) em questões cotidianas, como garantir merenda escolar adequada e transporte escolar eficiente nas escolas públicas.
Para Sobral, a chegada de Camilo Santana ao MEC representou um marco importante na reabertura do diálogo entre o governo federal e as esferas estaduais e municipais. “Antes dele, o MEC esteve ausente de um diálogo mais amplo com estados e municípios. Camilo assumiu e restaurou esse diálogo”, afirmou em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo o novo presidente do Consed, a gestão de Santana tem sido operacional e eficaz no enfrentamento de desafios como o novo ensino médio e a evasão escolar. Ele elogiou o programa Pé-de-Meia, idealizado pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e criado no governo Lula para combater a evasão.
Sobral apontou, no entanto, alguns desafios que ainda necessitam de solução. Embora a merenda escolar tenha recebido um aumento no financiamento, os recursos continuam insuficientes. Além disso, o transporte escolar segue sendo uma preocupação. “Em Sergipe, de 160 mil alunos matriculados, apenas 50 mil têm acesso ao transporte escolar adequado, principalmente nas regiões mais distantes, onde não há transporte público regular”, exemplificou.
Outro ponto enfatizado por Sobral é a qualificação dos professores frente às mudanças tecnológicas que impactam diretamente a educação. Ele ressaltou que, para acompanhar as transformações no ensino, os professores precisam de uma formação contínua e adaptada às novas demandas.
O novo presidente do Consed também revelou planos de ampliar o contato com o Congresso Nacional, para alinhar as propostas legislativas sobre educação com a realidade das escolas. Ele destacou a importância de discutir com os parlamentares projetos de lei que, apesar de bem-intencionados, podem ser difíceis de implementar sem o devido planejamento financeiro. “Precisamos conversar com o Congresso para entender como podemos operacionalizar esses projetos. A grande maioria dos recursos já está comprometida”, explicou.
Além de estreitar laços com o Congresso, Sobral apontou que o conselho buscará também mais proximidade com o MEC, os municípios e outras entidades do setor educacional. “Nós estaremos presentes nas discussões, sem romantizar, sem processos ideológicos, mas de forma pragmática e objetiva. Qual a consequência e a efetividade desse projeto? Queremos acabar com essa ideia de que a educação tem muito dinheiro. Se tivesse, já teríamos resolvido o problema”, afirmou.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional