
Foto: Alex Ferreira/Agência Câmara
Por Odorico Monteiro
Deputado federal (PSB-CE)
Interligar objetos e dispositivos inteligentes, que vão interagir entre si e com as pessoas, facilitando nosso dia a dia, não está em um futuro distante. É a Internet das Coisas. Nosso mundo físico cada vez mais se comunica com o virtual, por meio de dispositivos conectados via Web.
Considerando que nos próximos 50 anos poderemos chegar a marca de 9 bilhões de pessoas, que impulsionarão a demanda por praticidade e qualidade de vida, esta tecnologia que pode ir além de objetos. A expectativa é que, até 2025, 35 bilhões de aparelhos estejam conectados. A Internet das Coisas pode mudar, inclusive, o atual conceito de cidade, para o que chamamos de “Cidade Inteligentes”.
Essa rede inteligente abre possibilidades de conexão entre pessoas e serviços. Um conceito de eficiência deve contribuir para a construção de um mundo sustentável em itens essenciais, como a economia de energia, alimentos e combustíveis.
Não há limites para o potencial de uso. Criatividade e inovação são os conceitos chave. Mas é preciso investir no tripé: infraestrutura, segurança e privacidade. Por isso a importância de regulação legal completa e consolidada. No Brasil temos a Lei 12.965/15 , que estabelece o Marco Civil da Internet. Um ponto de partida que requer aprimoramento.
No quesito infraestrutura o desafio é criar uma malha capaz de abranger as centenas de bilhões de dispositivos conectados à rede. Na privacidade, é fundamental resguardar o direito à inviolabilidade da vida privada e da intimidade. É necessário um sólido sistema de segurança no ambiente virtual para garantir que as pessoas não serão expostas ou controladas por dados fornecidos a grandes corporações.
Nosso Mandato Popular participa da Frente Parlamentar Mista em Apoio às Cidades Inteligentes e Humanas. A Frente atua em questões fundamentais na construção de cidades inteligentes, como a democratização da banda larga.
Em conjunto com o deputado Vitor Lippi (PSDB/SP) apresentamos também o PL 7656/17, que propõe fixar em zero impostos incidentes sobre estações móveis de serviços de telecomunicações que integrem sistemas de comunicação máquina a máquina, um passo importante para a expansão das tecnologias de comunicação no Brasil.
Muito temos a avançar, mas o futuro caminha a passos largos e exige planejamento, articulação e um amplo debate Estado e Sociedade para que possamos usar da tecnologia o que ela pode oferecer de melhor.