
Siqueira defendeu o financiamento público de campanha e disse que o “Distritão” irá enfraquecer os partidos políticos no país. Foto: Humberto Pradera
A reeleição de Rodrigo Rollemberg ao governo do Distrito Federal é uma prioridade para o PSB, afirmou neste sábado (16), o presidente nacional do partido , Carlos Siqueira, durante o congresso distrital em Brasília.
No Congresso, foram eleitos em chapa única os novos membros para a composição do Diretório Regional, além de delegados do DF para o Congresso Nacional do partido. No próximo dia 28 de setembro, o novo Diretório Regional realizará reunião para compor a Executiva Regional.
O evento, que lotou o Salão Vermelho do Hotel Nacional, contou com a participação do governador socialista, dos deputados distritais Luzia de Paula e Juarezão, do suplente de deputado distrital, Roosevelt Vilela, além de militantes, representantes dos movimentos sociais e lideranças de diversos partidos que compõem a base do PSB.
Durante o seu discurso, Siqueira destacou a necessidade de uma profunda reforma política e criticou o chamado Distritão, sistema eleitoral pelo qual são eleitos os deputados mais votados nos Estados e os vereadores mais votados nos municípios.
Para Siqueira, caso o Distritão seja adotado, haverá um “profundo” enfraquecimento dos partidos políticos, “e não se pode exercer democracia com instituições partidárias fracas”, disse.
Na opinião do socialista, há uma “completa alienação” entre o que pensa a maioria dos parlamentares e os anseios dos brasileiros, que desejam uma mudança, para melhor, do sistema partidário e eleitoral, e não para pior, como o que está se propondo a fazer o Congresso, avaliou.
Siqueira disse que a proposta de reforma política defendida pelos socialistas passa pela redução do número de partidos, pelo fim das coligações partidárias, para que cada partido possa concorrer com chapa própria e pela unificação das eleições nacionais e municipais.
O presidente nacional do PSB defendeu também o financiamento público de campanhas. “A sociedade sempre financiou as campanhas, na verdade, só que de uma maneira incorreta e caríssima, através do financiamento privado, que se transformou num instrumento de corrupção”, afirmou.

Congresso contou com as presenças de lideranças do PSB e de partidos que compõem a base do governo do DF, além de militantes e movimentos sociais. Foto: Humberto Pradera
“Está absolutamente comprovado que foi através das campanhas eleitorais que se fez um processo que se transformou numa corrupção sistêmica, num sistema de corrupção que financia o sistema político”, apontou.
Na visão do socialista, o sistema partidário e eleitoral se deteriorou ao ponto de as políticas públicas passarem a ter prioridade apenas em função de determinadas obras que rendiam grandes somas de recursos para uma boa parte da classe política. “Este é o cerne da crise que vivemos no Brasil”, criticou.
Siqueira disse que não se deve esperar “deste” Congresso Nacional uma reforma capaz de renovar a política porque isso “é tudo o que este Parlamento não quer fazer”. “Se a solução não partir dos eleitores e da sociedade organizada, de cada cidadão, não vamos renovar este congresso”, afirmou.
“Porque a renovação é tudo o que este Parlamento não quer fazer. O voto Distritão significa isso, menor número de candidatos a deputados federais, personalismo, e mais recursos públicos, provavelmente, porque privado já não é possível, para cada um dos candidatos”, opinou.
O presidente interino do PSB-DF, Jaime Recena, lembrou que o partido assumiu o governo do DF em um momento de grave crise financeira e destacou os grandes desafios que a gestão socialista tem vencido na Capital.

O Congresso do PSB-DF lotou o Salão Vermelho do Hotel Nacional, em Brasília. Foto: Humberto Pradera
Ele elogiou a atuação dos deputados distritais do PSB e defendeu que o partido deve estar unido em 2018 para reeleger Rollemberg e ampliar suas bases na Capital, elegendo maior número de socialistas no ano que vem.
“Não é fácil a missão que assumimos. O nosso governo no DF chega sem nenhum caso de corrupção, sem nenhuma mácula. Essa é a política do nosso governador, essa é a bandeira que precisaremos carregar em 2018. Este é o momento importante para que o nosso partido esteja unido para reafirmar os nossos compromissos”, disse.
O presidente licenciado, Marcos Dantas, destacou as medidas duras tomadas pelo governo do DF para reequilibrar as finanças públicas da Capital. “Houve muita incompreensão, defecções, perdemos aliados, mas jamais perdermos a convicção de que essas medidas foram necessárias para atravessar a grave crise financeira, que permitirão, em breve, termos condições de retomar o desenvolvimento no DF”, ressaltou.
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Assessoria de Comunicação/PSB Nacional